RESUMOS 9º ANO:



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Capítulo 23 - fiquei devendo! kkkk :( leiam só a dilma e façam igual a maioria, esqueçam o temer!kkkkk

Capitulo 22 - Tempos de estabilidade:

GOVERNO ITAMAR: Com o impeachment do Collor, sobre ao poder o seu vice. Itamar procurou compor um governo com a coligação de vários partidos políticos.

PLANO REAL: Supervalorização da moeda com a criação do real (1 real = 1 dólar); aumento na taxa dos juros (para conter o consumo); diminuição dos gastos públicos com a privatização de empresas. Com relativo sucesso na recuperação econômica, impulsionou a candidatura de a presidência de Fernando Henrique Cardoso, líder da equipe econômica que criou o real.

GOVERNO FHC: Adotou um programa neoliberal, diminuiu a intervenção do governo na economia e promoveu abertura da economia ao mercado internacional.

PLANO ECONÔMICO (SEM NOME): Estabeleceu controle do câmbio; livre negociação salarial (entre patrões e empregados); diminuiu as regras para contratação de mão de obra; estreitou relações co mo MERCOSUL; e abriu para a instalação de empresas estrangeiras no país.

Fechou acordos com o FMI e obteve empréstimos, fixou metas de crescimento da produção, manter a inflação em baixa e reduzir o déficit público.

Criou um ambiente favorável e manteve a economia controlada, ampliando os investimentos estrangeiros e nacionais, ampliando a redá da população mais pobre.

PRIVATIZAÇÕES: Seguindo o modelo neoliberal, de pouca participação (intervenção) do governo na economia, e a proposta de redução do custo governamental, FHC privatizou várias empresas nacionais, como a CSN (siderúrgica Nacional); Vale do Rio Doce (extração de minério); e a Telebrás (telecomunicações).

O país se dividiu entre defensores da privatização (dinheiro ganho na venda seria investido no país; o governo não teria mais o custo no mantenimento dessas empresas; com a privatização dessas empresas o ramo se tornaria mais competitivo, com investimento gerando empregos; e a economia reduziria o déficit público), e os opositores da privatização (países desenvolvidos tinham empresas estatais; o país estaria abrindo mão da exploração de recursos naturais fundamentais e entregando a estrangeiros; e as privatizações poderiam causar desemprego).

EDUCAÇÃO: Aprovou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), conjunto de leis que regulamenta o ensino nacional. Princípios básicos: igualdade na condição e qualidade do ensino em todo Brasil; incentivo a permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar e divulgar cultura, arte e conhecimentos; valorização do pluralismo; garantia de ensino bilíngue aos povos indígenas (preservando as línguas nativas).

Crítica: Falta de investimento na infraestrutura das universidades públicas e baixa remuneração dos professores do ensino público e particular, que tornava a profissionalização desinteressante.

REFORMA CONSTITUCIONAL: Aprovou a emenda que tornou possível a reeleição para presidente, governador e prefeito. Que permitiu sua reeleição para um segundo mandato consecutivo.

# Nas eleições de 98, a maioria dos governadores e prefeitos eleitos pertencia oposição.

GOVERNO FHC (2º MANDATO) - CRISE ECONÔMICA: A recessão econômica atingiu o segundo governo, com falências devido à alta dos juros e a concorrência estrangeira (reflexo da abertura do mercado), e elevado índice desemprego. Também ampliou a crise os efeitos da globalização da economia e o efeito dominó, com problemas e outros países afetando a economia, e a falta de mão de obra qualificada para atuar nas empresas (faltavam trabalhadores qualificados). CRISE POLÍTICA: Criticado por não realizar a reforma agrária (episódios como o massacre de membros do MST em Eldorado dos Carajás), a falta de controle dos gastos públicos, com gastos maiores do que a arrecadação (balança desfavorável). E medidas impopulares como o aumento de impostos e as pesadas exigências para os benefícios da previdência.

GOVERNO LULA: principais propostas: combate as desigualdades sociais, geração de empregos e realização da reforma agrária.

PROGRAMAS SOCIAIS: Criou o FOME ZERO (erradicar a fome); BOLSA FAMÍLIA (auxílio mensal as famílias carentes, que mantivessem os filhos na escola); LUZ PARA TODOS (luz elétrica para AA população das zonas rurais); BRASIL ALFABETIZADO (combater o analfabetismo). Adotou a POLÍTICA DE COTAS para o acesso as universidades públicas para estudantes de escolas públicas, indígenas e afrodescendentes.

Superou a crise econômica, com investimentos e geração de emprego, elevou a renda das famílias e ampliou as exportações, gerando superávit na balança comercial (positiva exportando mais do importando).

CRÍTICAS: Na política econômica, manteve o neoliberalismo, e apesar dos avanços sociais, houve críticas aos critérios de associação e os gastos com os planos sociais.

MENSALÃO: Escândalo após a denúncia do Deputado Roberto Jefferson, que o PT pagava mesadas pelo apoio na aprovação de projetos do governo no senado. Causando a queda de vários ministros e assessores do presidente.

PRÉ-SAL: Em 2006. O Brasil conseguiu autossuficiência na produção do petróleo, principalmente depois da descoberta de petróleo abaixo da camada de sal, entre o litoral de santa catariana e espírito santo. Permitiu o país se tronar exportador de petróleo, no entanto a falta de capacidade de exploração (devido ao custo e a falta de tecnologia), fez com que o país precisasse se associar com multinacionais vendendo o direito de exploração.

SEGUNDO MANDATO E REELEIÇÃO: A melhoria da condição de vida da população humilde, e os bons resultados na economia deram popularidade a Lula, mesmo com o escândalo do mensalão, ele é reeleito para um segundo mandato.

PAC: Além de manter os planos sociais, o governo introduziu o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que investiu em infraestrutura (rodovias e hidrelétricas), de saneamento e transporte coletivo, além de ampliar os incentivos fiscais para empresas e prazos maiores para o recolhimento de impostos. Medidas que impulsionaram a economia e geraram empregos. O plano foi criticado devido ao atraso da conclusão das obras e o valor baixo dos investimentos.

Capítulo 21:

GOVERNO GEISEL: Fim do Milagre econômico e a mudança na política externa: O governo Geisel sofreu os efeitos da crise mundial que detonou o milagre econômico, houve queda nos investimentos nacionais e estrangeiros, aumento da dívida externa, inflação e desemprego. Os problemas financeiros e a necessidade de novos mercados consumidores, fizeram o governo mudar sua postura externa, o governo militar teve de deixar de lado seu alinhamento com o governo dos EUA, e se aproximou dos países comunistas do leste europeu, da China e reconhecer a independência de Angola (também comunista).

Pacote de Abril: Tentativa do governo de controlar a abertura política (Lenta e gradual, lembra!?). Com a vitória da oposição nas eleições de 1974 (para o parlamento ou congresso) e 76 (municipais), o governo resolveu publicar o Pacote de Abril, onde determinava que 1/3 dos senadores seria eleito por voto indireto (no próprio congresso), permitindo o governo ter vantagens nas votações no congresso; os chamado "senadores biônicos" (uma referência a serem escolhidos de forma artificial, criados, pois não eram eleitos da forma "normal", com o voto do povo). Pressionado pelas críticas com o crescimento da crise e da desigualdade social, e por causa do controle da imprensa e violência dos órgãos de repressão, o governo tentou adotar uma postura mais aberta, afastando militares acusados de violência e tortura, e acabando com o AI-5, dando fim à censura e restituindo o Habeas Corpus.

GOVERNO FIGUEIREDO: O governo ampliou a abertura, ao acabar com o bipartidarismo (extinguindo o ARENA e o MDB) e restituindo o pluripartidarismo, que levou a criação de vários partidos formados por políticos que estiveram exilados e tiveram permissão de voltar ao Brasil com a Lei da Anistia de 79 (lei que perdoou crimes políticos contra o governo, mas também perdoou os membros do governo que cometeram crimes pelo governo - morte e tortura; por isso foi criticada pela oposição).

O povo se manifesta: Com maior liberdade, vários grupos populares passaram a reivindicar mudanças maiores, contra a recessão econômica, e avanços na redemocratização, entre eles as lideranças operárias (Lula no sindicato dos metalúrgicos), defensores dos direitos humanos e alas progressistas dentro da Igreja. Com o aumento da crise, despontou às greves de professores, funcionários públicos, a insatisfação se refletiu na vitória da oposição nas eleições de 82 (com voto popular para senadores, vereadores, deputados, governadores e prefeitos).

Diretas Já!: Foi o movimento popular que a partir de 83, pedia o retorno do voto direto (pelo povo) para presidente. Passeatas e comícios foram criados por todo o país (os maiores no RJ e SP). Em 84 foi lançada o no Congresso, a votação da Emenda Dante de Oliveira, que propunha o retorno do voto direto para presidente, essa emenda foi derrotada pelos partidos que apoiavam o governo (graças aos senadores biônicos), e o sonho do voto ficou para 89.

GOVERNO TANCREDO/SARNEY: O primeiro presidente civil depois de 25 anos de ditadura, foi eleito por voto indireto (85). No entanto Tancredo morreria antes de assumir, gerando medo de que os militares reassumissem o poder, apesar de Sarney ser de um partido conservador e ter votado contra a Dante de Oliveira, o consenso era que era melhor qualquer civil do que um militar.

Planos econômicos: Com a profunda crise econômica herdada do regime militar (alguns efeitos ainda do milagre econômico), tentando controla a inflação e reativar a economia foram criado em 86, o primeiro plano.

PLANO CRUZADO - valorização da moeda e novo nome CRUZADO (1 cruzado = 1.000 cruzeiros); fim da correção monetária; tabelou os preços (congelando); abono salarial de 8%; congelamento dos salários por uma ano; rejuste do salário quando a inflação ultrapassasse 20% e criou seguro desemprego (o presidente também declarou moratória - não parando de pagar a dívida externa). No primeiro ano medidas ampliaram o consumo (a população começou a estocar produtos, achando mais vantagem do que poupar no orçamento), mas houve queda nas exportações e um desequilíbrio entre a oferta e a procura. Empresários passaram a boicotar o plano, retirando mercadorias das prateleiras, forçando a cobrança do ágio (mercadorias fora da tabela e mais caras).

PLANO BRESSER - congelamento dos salários; contenção dos gastos públicos; aumento dos impostos.

PLANO VERÃO - desvalorização da moeda; cruzado muda para CRUZADO NOVO, além de outras medidas.

"A década perdida": Todos os planos tiveram vida curta e quase efeito nenhum no controle da inflação e da crise, apesar da abertura política, a economia brasileira não cresceu, trazendo estagnação (falta de crescimento); queda nos investimento s estrangeiros e nacionais; descontrole dos gastos públicos; diminuição do poder aquisitivo (compra) da população; especulação financeira; e inflação desenfreada, por essa intensa crise econômica a década de 80, foi chamada da "década perdida".

Constituição "cidadã": Em 1986, reunisse uma constituinte, para criar a nova Constituição do país. Em 1988, a chamada Constituição Cidadã, teve o mérito de restabelecer os direitos políticos retirados durante o regime, e ampliar os direitos dos cidadãos, alguns desses foram: o voto universal (analfabetos puderam votar); voto direto para TODOS os cargos públicos; voto facultativo entre 16 e 18 anos e após os 70; eleição em dois turnos; cidadania indígena; criminalização do racismo; direito a greve; igualdade de direitos entre trabalhadores urbanos e rurais; reforma agrária; e mandato do presidente ampliado para 5 anos (que passaria a 4 durante o governo FHC).

GOVERNO COLLOR: Em 1989, foi eleito o primeiro presidente por voto popular, desde a ditadura (lembra que o Sarney, foi voto indireto no congresso, né!?). Com um discurso populista e o slogan de campanha de defensor dos "descamisados" e caçador de Marajás!, propunha a limpeza nos funcionários públicos, expulsando os fantasmas (que recebiam mas não trabalhavam) e a modernização do país. Derrotou o discurso socialista de Lula, que propunha reforma agrária, moratória da dívida externa, estatização da economia, e ampliação dos direitos trabalhistas.

PLANO COLLOR: trocou o nome da moeda sem valorizar (1 Cruzado Novo = 1 cruzeiro); confisco das contas correntes, poupanças e aplicações superiores a 50.000; congelou os salários e preços; suspendeu subsídios fiscais; e acabou com vários órgãos públicos (diminuir custos do governo).

Quanto à promessa de modernização, adotou o neoliberalismo (estado fora da economia), privatizando empresas públicas; abertura do mercado a exportação (impostos baixos para importação). Resultado foi um aumento da recessão, falência de empresas nacionais, desemprego e queda na produção. Somada ao ineficiente plano Collor, ampliou a inflação e a crise econômica.

IMPEACHMET (mecanismo constitucional, que permite destituir do cargo governante que comete atos ilegais e desonestos ou antiéticos em seu mandato): Em 1992 foi instaurada um CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), e Collor foi retirado do cargo, por acusações de envio ilegal de dólares para o exterior (evasão fiscal) e de um esquema de corrupção, tráfico de influência (propinas) e desvio de verbas públicas. Tudo parte de um esquema administrado por PC Farias (tesoureiro de campanha e amigo pessoal). Após a denúncia houve grande pressão popular pela saída de Collor, principalmente dos estudantes, que se uniram no movimento "Cara Pintada" e fizeram várias passeatas pelos pais, demonstrando a indignação do povo. Collor acabou renunciando no dia anterior a votação do Impeachment, ficando inelegível por 8 anos para qualquer cargo publico. (mesmo assim hoje em dia é senador da república - VERGONHA :( 

Capítulo 18: NACIONALISMO

Colonialismo: Como estudamos antes, durante o século XIX, as potências industrializadas da Europa, iniciaram o processo conhecido como neocolonialismo, sobre a África e Ásia. Para organizar o processo e evitar conflitos, foi realizada a Conferência de Berlim, que criou regras para a partilha (divisão) do território. Os objetivos eram a exploração da matéria prima, a criação de um mercado consumidor e produtor (mão de obra barata). Como justificativa a superioridade racial e cultural, e uma "missão civilizadora", que levaria civilização aos dominados. Algumas táticas usadas nesse processo foram: utilizar rivalidades entre as nações, e comprar o apoio político da elites locais, em troca de benefícios e privilégios.

Descolonização: Processo iniciado ainda durante a 2ª guerra, que ganhou força com a Guerra Fria, passando a receber apoio das superpotências líderes dos blocos, que tinham interesses em contribuir para a independência das colônias, que se tornariam novos membros dos blocos, aumentando o poder e influência desses blocos.

  • Índia - O processo indiano de libertação dessa colônia inglesa, se diferencia dos outros, com a presença de Gandhi e a tática adotada por ele, a desobediência civil (ou resistência passiva - ou pacífica), que pregava a não violência e como arma de resistência o boicote aos produtos ingleses (se recusando a usá-los) e a recusa do pagamento de impostos. Assim como outros movimentos de descolonização, levaram a uma guerra civil, essa motivada por conflitos religiosos entre muçulmanos e indianos, que levaram ao assassinato de Gandhi. Mas diferente dos outros, terminou numa divisão do país, em Índia e Paquistão ocidental e oriental, mais tarde o último, se tornou a República de Bangladesh. Gerando mais conflitos.
  • Colônias portuguesas - As colônias portuguesas tiveram de enfrentar a resistência inicial de Portugal, como o massacre de nacionalistas moçambicanos em 1972, mas os problemas financeiros e a insatisfação com a ditadura portuguesa contribuíram, para o fim do domínio colonial. A Revolução dos Cravos, que pôs fim a ditadura em Portugal, também contribuiu para a independência de suas colônias, com a derrubada da ditadura e subindo ao poder um governo republicano, acordos foram feitos para libertar as colônias de Angola (73) e Moçambique (entre 74 e 75); Guiné-bissau, já tinha conseguido sua independência em 1973;mesmo sem o reconhecimento de Portugal. Angola acabou envolvida numa violenta guerra civil após a MPLA, um dos grupos nacionalistas da região, assumir o poder em 1975.
  • Colônias francesas - Na Ásia a primeira a se libertar foi a da Indochina (que originaria os países: o Laos, Camboja e Vietnam (dividido em sul e norte), tendo o Vietnam um processo tumultuado, que em 1954 pelos acordos de Genebra, dividido o país em dois, um lado capitalista e outro socialista; seguindo o modelo da Guerra Fria. Nas colônias da África, Madagascar foi a primeira a se libertar (47) com um movimento armado, depois em 56 foi a vez da Tunísia e Marrocos, através de negociações, com a ajuda da ONU. A libertação da Argélia, foi obtida depois de uma guerra brutal (54 a 62), entre colonos franceses e argelinos, que terminou com a intervenção do próprio governo francês, com vitória dos argelinos.
  • Colônias inglesas - Além da Índia e China na Ásia, a Inglaterra ainda teve que enfrentar problemas em outras colônias. Na África, após sufocar um levante comunista e enfrentar lutas entre 48 e 60, os ingleses reconheceram a independência da Malásia. No Egito, houve um violento levante popular, que resultou num golpe militar, e a proclamação da república em 53. E Gana, que surgiu em 56, após grupos de oposição aos ingleses vencerem eleições.
  • Colônias holandesas - Em 1949, a Indonésia se libertou após um violento conflito.
  • Colônias belgas - Perdeu suas colônias no Congo, em 1960, com uma revolução liderada por Patrice Lumumba, que foi derrubado do poder dando início a uma violenta guerra civil entre 61 e 65, quando uma ditadura rebatizou o país de Zaire. Ruanda e Burundi, ficaram livres a partir de 62, por decisão da ONU; mas ambos mergulharam em violentas guerras civis, devido a disputas internas entre hutus e tútsis.

Como pudemos observar a marca das independências na maioria dos países, principalmente da África, foram resultado da luta armada de grupos nacionalistas, e em alguns casos de interferência da ONU, e em sua maioria resultaram em guerras civis.

Capítulo 17 - Revoluções Chinesa e cubana

Antecedentes da Revolução: Fim da Monarquia -Entre 1911 e 1912, a dinastia Manchu (ou qing) foi derrubada. Desgastada e desmoralizada por sucessivas concessões e derrotas sofridas durante o século XIX e começos do XX, frente às potências colonialistas europeias e o Japão, o imperador praticamente não ofereceu resistência quando foi derrubada por um levante civil e militar iniciado em outubro de 1911, em Wuchang, no interior do país.

República e Guerra Civil - Sobe ao poder o grupo liderado por Sun Yat-sem, líder do partido nacionalista (kuomintang). A república teve de enfrentar resistência de líderes locais (senhores da guerra), e mais tarde o surgimento do Partido Comunista Chinês (1921). Em 1927 até 1949, o país viveu uma longa guerra civil, que foi interrompida durante a 2ª guerra (para a luta contra um inimigo comum, o Japão de 37 até 45). O líder do PCC, Mao Tsé-tung, grande líder durante o combate aos japoneses, conseguiu apoio popular, e venceu a guerra civil, iniciando a Revolução Comunista. 

Revolução Comunista: Ao assumir o poder adotou medidas tradicionalmente comunistas: estatizou empresas; fez a reforma agrária; instituiu o ensino obrigatório; investiu no exército; iniciou um processo de industrialização, com apoio soviético; e concedeu direitos iguais a homens e mulheres. Nesse período houve queda na mortalidade infantil, com investimentos em alimentação e saúde.

Grande Salto à Frente: Plano econômico criado em 1958, que se baseava na criação de comunas populares (comunidades agrícolas autossuficientes), com incentivo a produção agrícola (onde cada membro da comuna tinha direito a uma parte igual da produção, e a maior parte ficava sobre controle do governo, para ser comercializado) e o incentivo a industrialização. O Plano fracassou devido à escassez de alimentos, morte e desemprego. Também prejudicou o rompimento com o governo soviético, pelo fato de Mao querer manter autonomia (independência) sem seguir as regras do partido soviético, e principalmente por discordância das medidas adotadas por Nikita Kruschev, sucessor de Stalin, que buscou aproximação com o ocidente, à política de coexistência pacífica (falaremos mais disso nos próximos capítulos).

Revolução Cultural: Durante a década de 60, a crise econômica, gerou nas universidades a luta pela renovação do ensino (modernização que deveria se aproximar da cultura ocidental), combatendo os "4 velhos" (velhos hábitos, velhos costumes, velha cultura e velhas ideias). Vendo isso como uma ameaça Mao iniciou em 1966, a Revolução Cultural, movimento cujo objetivo era afastar a ocidentalização (toda cultura do ocidente) e perseguir os inimigos da Revolução Comunista. Para isso foi criada a Guarda Vermelha, grupos militarizados de estudantes, dedicado a divulgar as ideias comunistas (descritos no Livro Vermelho - que trazia as ideias de Mao) e eliminar a oposição exaltando o combate ao individualismo, à separação entre trabalho manual e intelectual, e a reeducação da população por meio do trabalho. O resultado dessa ação foram ataques violentos a intelectuais e burgueses, condenados como "traidores da revolução e do povo" (obrigados a trabalhar na agricultura e na indústria - como operários), negócios foram tomados e universidades fechadas; além de causar um grande prejuízo no crescimento intelectual e científico. Em 1969, a Revolução chegou ao fim a partir de 1969, quando Mao preocupado com a radicalização e a possível perda de controle sobre a Guarda Vermelha, ordenou sua dissolução e o retorno dos estudantes às escolas e universidades.

Abertura econômica e Censura política: A partir da queda de Mao, na década de 70 o governo chinês buscou uma abertura e aproximação com os países capitalistas, permitindo uma abertura econômica, no entanto esse processo de abertura se restringiu a economia, enquanto na política, se manteve o controle da sociedade com repressão política e censura de imprensa e manifestação (inclusive com ao controle do acesso a Internet). O evento mais emblemático da falta de liberdade política foi o Massacre da Praça da Paz Celestial em 1989, quando manifestantes que exigiam mais democracia e liberdade, foram atacados pelo exército chinês, causando a morte de centenas de estudantes.

Revolução Cubana: Cuba que ficou independente nos fins do século XIX, esteve sobre influência estadunidense desde sua independência da Espanha. Passando por inúmeros governos autoritários. Em 1953 um golpe liderado por Fidel castro, foi derrotado. E entre 1956 e 58, uma nova tentativa liderada pelo próprio Fidel e pelo mexicano Che Guevara, alcançou êxito e em 1959.

Governo de Castro - Fidel chega ao poder e implanta várias medidas seguindo o modelo socialista/comunista: reforma agrária; nacionalização de empresas e indústrias açucareiras (em sua maioria pertencentes a empresas americanas). Essas medidas desagradaram os EUA, que diminuíram a compra de açúcar e pararam de vender petróleo. Cuba buscou aproximação com os soviéticos para substituir os EUA. Em resposta os EUA, apoiaram um golpe para derrubar o governo de Castro, financiando, armando e treinando um grupo de cubanos insatisfeitos com o regime, para tentar depor Fidel com um golpe, episódio conhecido como Invasão da Baia dos Porcos (1961); essa invasão foi derrotada. Como resposta a ação americana, Fidel declarou que Cuba era um regime comunista, aderindo ao bloco soviético. Com uma contrarresposta os EUA, iniciaram em 1962 um Embargo (ou bloqueio) Econômico, impedindo o comércio dos países capitalistas com a ilha cubana, e também expulsou cuba da OEA. Ainda em 62, Cuba e EUA, voltariam a protagonizar mais um embate, considerado um dos momentos mais críticos da Guerra Fria (quase esquentando a guerra), no evento conhecido como Crise dos Mísseis, quando os EUA ameaçaram invadir a ilha cubana, ao descobrirem que a URSS, estava instalando mísseis nucleares em Cuba; ameaça a qual a URSS, respondeu prometendo proteger cuba em caso de ataque (lembra!? Pacto de Varsóvia!). EUA e Albânia (região próxima às fronteiras soviéticas).

Cuba o reflexo: Após a queda do regime soviético em 91, Cuba sofreu um longo período de crise, para tentar se recuperar entre outras medidas, o governo investiu em turismo, como alternativa na queda do consumo de açúcar. Se aproximou da Venezuela em 1999 em busca de fornecimento de petróleo, no entanto com a crise do petróleo em 2012, cuba sofreu reflexo dessa nova crise perdendo esse importante fornecedor. O Bloqueio Econômico imposto pelos EUA, ainda válido até hoje, começou a ser revisto durante o governo do democrata Obama, mas com a chegada ao poder do conservador de ultra-direita Donald Trump, todos os avanços e acordos de reaproximação, foram anulados.

Capítulo 16: Guerra Fria

Como já conversado, a frase que mais resume a noção da guerra fria, é "Guerra IMPROVÁVEL, paz IMPOSSÍVEL!", por que os dois sistemas eram antagônicos demais para aceitar a existência do outro, numa convivência pacífica, por outro lado, a guerra entre os dois era improvável, porque estrategicamente seria um suicídio mútuo, e que levaria o resto do planeta junto, mas mesmo assim tivemos medo...pois como disse Nietsche "humano, demasiadamente humano", os seres humanos são voláteis para entrarem em conflitos inúteis e mesquinhos também. Bom chega de filosofar!

A guerra indireta entre as duas superpotências, não foi travada no campo de batalha, mas no campo ideológico, político e econômico. Após o fim da 2ª guerra, as hostilidades que já existiam antes ideológicas, foram deixadas de lado em prol do combate a um inimigo comum (o Nazismo...mas lógico que você se lembrou dessa, né!?). Lembrem que a URSS, estava isolada pelo ocidente desde 1922, quando adotou o sistema socialista/comunista (o que foi vantagem quando a crise de 29 varreu o ocidente).

Ações de cada lado:

Disputa de Investimento no campo econômico e tecnológico: O Plano Marshall (1947), plano de apoio econômico e tecnológico, adotado pelos EUA, para recuperar os países da Europa ocidental (capitalistas). Teve como resposta comunista, o Comecon em 1949, que auxiliou os países da Europa Oriental (socialistas).

Disputa no campo militar: criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (1949) pelos EUA, um acordo de auxílio militar mútuo entre os países capitalistas, e a resposta da URSS, foi à criação do Pacto de Varsóvia, unindo os países comunistas, no mesmo tipo de acordo.

# Coexistência Pacífica: Seria uma nova tática adotada durante o governo Nikita Kruschev, que assumiu o controle da URSS em 1953, após a morte de Stalin. Passando a investir mais em tecnologia, assim a competição pelo poderio militar, daria lugar à competição pelo crescimento tecnológico, principalmente a tecnologia espacial; era o início da chamada "Guerra nas Estrelas". Assim as superpotências, disputavam quem seria o primeiro a chegar ao espaço e mais tarde na lua, o que poderia demonstrar qual bloco era mais tecnologicamente avançado, e mais poderoso.

Conflitos: As chamadas Guerras de Procuração, onde os líderes dos blocos incentivavam e financiavam conflitos internos, para que o lado vencedor assumisse o controle da região e aderisse a um dos sistemas, ou seja, lutassem em nome de seus interesses; crescer mais que o outro bloco, demonstrando poder.

  • Guerra da Coreia: Foi o primeiro conflito desse tipo, quando após a Segunda Guerra ela ficou dividida em dois lados: Norte comunista (apoiado pela URSS) e Sul capitalista (apoiado pelos EUA), essa divisão surgiu por que cada uma das potências ficou responsável por ajudar na expulsão dos japoneses das respectivas partes do território coreano. O conflito terminou sem vencedores com a assinatura do Tratado de Panmunjon, que confirmou a divisão que permanece até hoje.
  • Vietnam: Guerra que durou de 1959 até 1975. Havia um acordo mediado pela ONU na época da divisão da Indochina, colônia francesa que após a 2ª Guerra, ficou dividida em Laos, Camboja, Vietnam do Sul e do norte. Por esse acordo os dois lados do Vietnam deveriam se unificar em 59, mas os líderes do lado sul (uma ditadura, apoiada pelos EUA), recusaram a união e começaram a confiscar terras dos camponeses e impedir o processo eleitoral. O que deu início a uma resistência interna com os vietcongues (guerrilheiros). As tropas do Norte em apoio à unificação e aos vietcongues atacaram bases do Sul, o que deu início ao conflito. Assim os EUA, que já vinham abastecendo de armamentos o lado do Sul e preocupados com a possibilidade do norte unificar a região num regime comunista, enviou tropas a região. O longo e sangrento conflito foi vencido pelo norte, tornando o Vietnam parte do bloco comunista.

A Violência: uma das marcas desse conflito, o excesso de violência que atingiu não só combatentes, mas principalmente a população. O uso pelos americanos de armamentos como o Napalm e armas químicas como o Agente laranja, chocaram tanto a sociedade mundial quanto a estadunidense, que demonstraram o repúdio pelo excesso de violência, pressionando pelo fim do conflito. O Agente Laranja (um desfolhante) era altamente cancerígeno, e deixou sequelas tanto no solo (envenenado até hoje), quanto na população, que após três gerações ainda sofre os efeitos, com nascimentos de pessoas com problemas físicos (doenças de pele, deformidades e etc.) e mentais.

Acontecimentos emblemáticos:

Divisão da Alemanha e o Muro de Berlim: Após o fim da guerra, a Alemanha sofreu intervenção dos vencedores do conflito, que agora eram responsáveis cada um por uma zona de influência, que rapidamente se tornaram apenas duas a República Federal da Alemanha (ou Alemanha Ocidental), com regime capitalista (reunindo as três zonas controladas por Ingleses, Americanos e Franceses), e a República Democrática Alemã (ou Alemanha Oriental, sob controle da URSS), com regime comunista. Os investimentos do Plano Marshall, promoveram rápida recuperação econômica do lado ocidental, enquanto o lado oriental se recuperava mais lentamente. Assim a Alemanha (e principalmente Berlim) se tornou aos poucos a vitrine da disputa entre os dois blocos. Em 1948, tentando reverter essa situação, pressionando as outras potências a deixar Berlim, a URSS tentou com um Bloqueio Terrestre, fechando e proibindo o acesso pelas estradas, tentando isolar o lado ocidental da cidade (que tinha que ser acessado passando pelo lado oriental), e enfraquecer o lado apoiado pelo capitalismo impedindo que mercadorias chegassem; mas o plano falhou, porque os ocidentais passaram a abastecer a cidade usando aviões que jogavam a carga de paraquedas. Assim o lado ocidental continuou se desenvolvendo mais do que o lado oriental. Sem conseguir conter as fugas para o lado ocidental (onde havia mais oportunidades de emprego), a URSS ergueu um muro dividindo a cidade, o Muro de Berlim (1961), que criou a uma fronteira para a divisão da cidade de Berlim, entre os dois sistemas.

CAPÍTULO 15 - NOVAS FRONTEIRAS DO PÓS-GUERRA: 

Conceito: Período de intensa disputa pela hegemonia na influência político/ideológica, entre os blocos capitalista (EUA) e socialista (URSS), onde não houve confronto armado e direto, entre as duas superpotências.

Objetivo: A ampliação da influência político/econômica de cada superpotência (ou ideologia), sobre os países. Garantindo o apoio e submissão, ao modelo ideológico (ou sistema político).

ANTECEDENTES: Os Acordos no final da 2ª Guerra que ajudaram a definir o período pós-guerra.

# Ialta (ou Yalta) - Reunião entre os líderes dos Aliados na 2ª Guerra (você lembra né!? - EUA, URSS, FRANÇA E INGLATERRA), para discutir os rumos do mundo pós-guerra - aqui ficou definida a criação de um novo órgão que deveria substituir a ineficiente Liga das Nações.

# Potsdam - Os 4 líderes aliados se reúnem para definir o tratamento da Alemanha no pós-guerra e as punições a Alemanha: Perda de territórios e desmilitarização; Pagamento de indenização; e divisão do território (e Berlim) em zonas de influência. - A Alemanha seria dividida em 4 zonas de ocupação, cada uma ocupada, e administrada por um desses países.

  • Entre 1948 e 1949, os países capitalistas resolveram unificar suas zonas de influência, em uma única a Alemanha Ocidental (RFA - República Federal Alemã), enquanto o lado soviético se tornava a Alemanha Oriental (RDA -República Democrática Alemã), tendo Berlim como sua capital, mesmo dividida em duas partes(metade capitalista e socialista); a capital do lado ocidental, era em Bonn). Mais tarde com as fugas de ambos os lados, em 1961, seria criado o Muro de Berlim; tornando física a divisão.

# São Francisco - A ONU é criada oficialmente, com sede em Nova York, o que já demonstra a força do bloco capitalista e dos EUA. Seriam criados, uma série de órgãos anexos: OMS, UNICEF, UNESCO, FMI e etc.

- ONU - Esse órgão teria o objetivo: construir a paz entre as nações, proteção dos direitos humanos, e a melhora da qualidade de vida mundial.

- Tribunal de Nuremberg - Tribunal criado para julgar os nazistas pelos crimes cometidos durante a guerra. Vários deles fugiram para a América Latina, abrigados pelos simpatizantes do nazismo.

# Brenton Woods - Nesse encontro se criam dois órgãos fundamentais, para a economia e política mundiais - FMI (Fundo Monetário Internacional), responsável pela ajuda e orientação das economias mundiais (principalmente do 3º mundo); e BIRD, o Banco mundial, responsável pelo financiamento e empréstimos, aos países em dificuldade; esses dois órgãos trabalham associados a ONU.

# Investimento Financeiro e tecnológico - Fornecer a um país aliado tecnologia e dinheiro, para recuperação do pós-guerra - EUA (Plano Marshall - 1947 - investimento de milhões de dólares na recuperação da economia dos países da Europa ocidental) e URSS (Comecon - 1949 - o mesmo tipo de ajuda dado a países que aderiram ao socialismo, no leste europeu). Os EUA, também apoiaram e investiram milhões na recuperação do Japão, após a China se declara comunista, e fizeram investimentos na industrialização dos países da América Latina; principalmente após Cuba aderir ao bloco comunista, no programa de Boa Vizinhança.

Capítulo 14: Segunda Guerra

Antecedentes: Hitler continuava ignorando as cláusulas de Versalhes, culpando o tratado pela ruína da Alemanha no pós-guerra. Após 1938 iniciou o expansionismo alemão, anexando a Áustria e anexando os sudetos, com a desculpa de unir os povos arianos. Ainda em 38, conseguiu que a Conferência de Munique, onde se reuniu com a Itália, Inglaterra e França, reconhecessem seu direito aos sudetos, para "manter a paz". A Liga das Nações prosseguiu com a política do apaziguamento, evitando o conflito com a Alemanha, mesmo quando eles dominaram toda a Tchecoslováquia.

Estopim da Guerra e o corredor polonês: A invasão da Polônia, em 1939 foi o Estopim do novo conflito mundial, com a declaração de guerra da França e Inglaterra, para proteger a Polônia. Com a invasão, Hitler tencionava recuperar o "Corredor Polonês", região tomada da Alemanha e dada à polônia após a 1ª guerra, para garantir uma saída para o mar (Mar Báltico), para favorecer o comércio; como compensação pela invasão alemã durante a guerra. Mais uma vez a desculpa usada, foi libertar os alemães que viviam na região. Só que dessa vez, a situação foi diferente, pois a Alemanha tinha se aliado a Rússia, com um pacto de não agressão (Pacto Germano-soviético), que garantiu a invasão e divisão da Polônia entre os dois países.

Movimentos em 1940: Alemanha - Em 1940, a Alemanha usando a Blitzkrieg ("Guerra Relâmpago", ataque combinado da Luftwave - força aérea, dos Blindados Panzer e das forças de infantaria - soldados), que rapidamente dominou a Dinamarca, Noruega, Holanda e Bélgica. As forças inglesas e Francesas tentaram se mobilizar para conter os Alemães, mas foram derrotados pela no Canal da Mancha e obrigados a retroceder (Retirada de Dunquerque). Ainda nesse ano, dominaram a França, que ficou dividida em duas: uma parte (norte) dominada pelos Nazistas, e a região de Vichy (ao sul), que se rendeu aos nazistas. Depois de conquistar a França, tentou atacar a Inglaterra, mas foram derrotados pela força aérea inglesa a RAF.

Itália: Ajudou na derrota dos Franceses, e atacou o norte da áfrica, para impedir o abastecimento vindo das colônias inglesas, dominando o Canal de Suez. A Inglaterra reagiu, atacando a Etiópia e Líbia (colônias italianas). Também atacou a Grécia.

Movimentos de 1941: Alemanha invade a URSS, rompendo o pacto de não agressão, e os russos adotaram a tática da Terra Arrasada, usada contra Napoleão, se retirando para o interior e destruindo tudo, não deixando nada que o inimigo pudesse usar. Ainda em dezembro de 41, os EUA seriam atacados pelos Japoneses, na base de Pearl Harbor no Pacífico (Hawai); o que facilitou sua entrada na 2ª guerra, do lado dos aliados. Os EUA, também tinham assinado um acordo de ajuda mútua com os ingleses (Carta do Atlântico). Estava completo o Bloco dos Aliados (EUA, França, Inglaterra e URSS), aliando comunistas e capitalistas.

Movimentos de 1942: Os Russos derrotam os nazistas, após o cerco a Stalingrado, forçando a retirada das tropas nazistas, a primeira grande derrota dos nazistas. Que deu mais impulso às tropas aliadas e abrindo a primeira frente de ataque dos aliados. Os russos passam a avançar para Berlim, libertando no caminho, todos os países sobre domínio alemão, e também destruindo vários campos de concentração, fora da Alemanha (na Polônia, Tchecoslováquia e etc.).

Movimentos de 1943: Os ingleses tomam o norte da África, com ajuda dos EUA, abrindo caminho para a Sicilia e depois a invasão da Itália (abrindo a 2ª frente de ataque dos aliados). Mussolini é deposto em 1943, e a Itália se rende aos aliados, e os nazistas perdem seu maior aliado na Europa. Mussolini faria uma tentativa fracassada de retomar o poder, que acabaria com sua execução após um julgamento sumário.

Movimentos de 1944: Após tomar a Itália, o novo passo dos aliados, seria retomar a França e abrir a 3ª frente de ataque aliado. Que seria feito, com o Dia D (o desembarque na Normandia), que iniciou o avanço das forças ocidentais contra Berlim.

Movimentos de 1945: Em Abril de 1945, o exército russo cerca Berlim, e no fim desse mês, Hitler se suicida. Os alemães se rendem em Maio, e acaba o Terceiro Heich, pondo fim a guerra na Europa. O último membro do Eixo continua a batalha no pacífico. Os EUA, ainda no início de 45, dominam Iwo Jima e Okinawa, prenunciando o cerco final ao Japão. O governo Japonês, recusa a rendição, e isso teria sido usado pelos EUA, para o ataque das bombas atômicas, em Hiroshima e Nagasaki. Que levou a rendição do Japão em Setembro, e o fim da 2ª Guerra.

  • O Ataque ao Japão: Apesar das justificativas (vingança por Pearl Harbor, e os ataques Kamikazes, no pacífico) o ataque atômico no Japão, é descrito pelos analistas da guerra, como apenas uma demonstração de força, e do poderio econômico dos EUA. Que seria fundamental para reforçar o poder dos EUA, como líder e potência mundial, nos anos seguintes durante a Guerra Fria.
  • Holocausto: Uma das marcas mais cruéis da 2ª guerra foram os campos de concentração. Campos que levaram ao extermínio de milhões de Judeus, por fome, doenças, executados em pelotões de fuzilamento e nas câmaras de gás. Tendo seus corpos cremados, nos imensos fornos, que impediu a real contagem dos corpos das vítimas dos campos. O horror da morte dos Judeus reforçou ainda mais, o movimento sionista que reivindicava o direito dos judeus a seu antigo território na Palestina (a antiga Canaã), e a formação de um Estado Judeu.

Capítulo 13: Ascensão do Nazismo

Após a crise causada pela 1ª Guerra Mundial e pela crise de 29, os países na Europa, viveram um longo período de crise econômica. Isso resultou no surgimento alguns movimentos sociais inspirados nas ideias socialistas, entre os trabalhadores, e de vários regimes autoritários (ou autoritarismo), com apoio da burguesia, da classe média (e até alguns trabalhadores desempregados), que começaram a culpar os governos democráticos (ou liberais) pela crise, e acreditar que a solução eram governos mais duros e com controle maior da economia (intervencionistas).

Itália (Fascismo) - Entre 1918 e 1920, a Itália viveu seu momento de crise pós-guerra, marcado por muitas greves, e ocupação de fábricas, enquanto no campo, se reivindicava a reforma agrária (distribuição de terras aos mais pobres). Nesse cenário de instabilidade surge o Partido fascista. Seu líder Benito Mussolini, defendia um Estado forte, antiliberal e anticomunista. Com apoio da classe média e burguesia, elegeu vários deputados e iniciou uma perseguição violenta as instituições e partidos comunistas e socialistas, para isso criou o grupo paramilitar, os camisas negras.

Em 1922, liderou a Marcha sobre Roma, com o objetivo de pressionar o rei, nomear Mussolini primeiro-ministro. Pressionado, o rei aceitou. A partir de 1925, Mussolini assume o controle do governo: implantou a censura à imprensa; fechou os partidos de oposição; assumiu o controle dos sindicatos e proibiu greves e manifestações; afastou parlamentares comunistas; diminuiu os poderes do legislativo; e estimulou o militarismo.

Mussolini, também buscou incentivar a produção agrícola, e se reaproximou da Igreja, assinando o Tratado de Latrão, que criava o Estado do Vaticano, devolvendo terras tomadas da Igreja (durante a unificação italiana de 1870), ampliava os poderes da Igreja tornando-a religião oficial, e tornava o ensino religioso obrigatório nas escolas, em troca a Igreja apoiaria as ações do governo,

Na década de 30, com a crise atingindo o mundo, Mussolini implantou seu projeto de reconstrução nacional e uma propaganda de autopromoção, combatendo qualquer contestação. Em 1935, ocupou a Etiópia, enquanto a Liga das Nações apenas condenou a atitude militarista, enquanto o Fascismo se fortalecia.

Alemanha (nazismo) - Após a 1ª Guerra, a Alemanha saiu tremendamente enfraquecida, principalmente devido às punições de Versalhes. A crise se aprofundou, o que deu força ao surgimento de discursos que defendiam o anticomunismo e a implantação do autoritarismo. Em 1923, o Partido Nazista, tentou um golpe para derrubar o governo republicano, que fracassou. A economia alemã passou por um período de recuperação, entre 1924 e 1929, devido aos investimentos do EUA, mas a crise de 29 levou a uma nova queda, e ao retorno dos problemas.

No contexto de crise, o discurso autoritário dos nazistas voltou a ganhar força, e com apoio dos conservadores (temerosos com o ressurgimento do discurso comunista), e vários deputados nazistas foram eleitos para o parlamento. O prestígio do Partido Nazista serviu para Hitler ser nomeado chanceler, e assumir o controle do governo.

Hitler conseguiu implantar a ditadura em 1933, com a acusação falsa de que os comunistas causaram um incêndio no Parlamento Alemão. Assim com a desculpa de preservar a ordem, conseguiu implantar a censura aos jornais, fechar partidos, proibir as greves e criou os campos de concentração. Assim como Mussolini, usou de violência com tropas armadas para atacar partidos de oposição e sindicatos, como a SA (tropas de assalto) e SS (polícia política). E mais tarde a Gestapo, polícia secreta.

Hitler assume o poder definitivamente em 34, com a morte do presidente Hindenburg, instituindo o terceiro Heich (Império), e assume o título de Fuhrer (o líder). Inicia seu processo expansionista, descumprindo todas as regras de Versalhes: tomando territórios, retomando a militarização e produção de armamentos. E usa a propaganda como arma para obter apoio popular. Recuperou a economia, com investimentos em obras públicas e produção de armamentos, diminuindo o desemprego.

Características: Culto ao líder (com uma propaganda forte, glorificando sua imagem, o governo forte e duro que salvaria o país); arianismo, falsa concepção científica, de uma superioridade genética, como justificativa para dominar outros povos; defesa do espaço vital, como superiores tinha direito a expandir seus territórios (dando base a sua campanha expansionista); e o nacionalismo, o culto exagerado à nação, justificando que a Alemanha tinha sido prejudicada pelo tratado de Versalhes, que foi uma tentativa destruir o país, fruto da inveja e então deveria ser descumprido; discursos antidemocráticos, que culpavam os governos democráticos pela crise, defendendo o autoritarismo e o intervencionismo; anticomunismo, defesa de que o socialismo era uma ameaça, perseguindo sindicatos com apoio da burguesia; e antissemitismo, perseguindo os Judeus como uma etnia inferior e ruim, culpando os judeus por causar desemprego e explorar os alemães "puros".

Portugal (Salazarismo) - O regime autoritário de Salazar começou em 1933, quando instituiu o Estado Novo e impôs o autoritarismo, após um ano como primeiro ministro (desde 1932). Que teve como características básicas, as mesmas de outros regimes autoritários (ou totalitários): adotando o culto ao líder; fechando os partidos de oposição; proibindo greves e manifestações populares; perseguição aos opositores; e implantando a censura de imprensa. Teve como característica particular a defesa do cristianismo um dos pilares da sociedade e do próprio regime. Durante a 2ª guerra, Portugal se manteve neutra, mantendo-se forte nas décadas seguintes. O Estado Novo (ou Salazarismo) prosseguiu mesmo a pós sua morte. A ditadura Salazarista chegou ao seu fim em 1974, na chamada Revolução dos Cravos, com a mobilização popular (liderado pelos soldados e pelas mães de soldados) pela redemocratização, e pelo fim do controle de Portugal das colônias na áfrica, cujo combate desde 1968 causava um custo financeiro e humano (com as mortes de soldados) muito grande ao Estado e ao povo.

Espanha (Franquismo) - Após a abdicação do rei Alfonso III, foi instaurado uma república em 1931. Iniciou-se uma disputa entre os grupos conservadores que criaram um partido chamado de FALANGE (militares, Latifundiários, o clero e os setores da classe média), que defendia um governo autoritário e nacionalista, e a FRENTE POPULAR, que reunia os setores de esquerda e os liberais. Essa Frente Popular venceu as eleições de 1936, mas seu programa de reformas sociais, que incluía a reforma agrária, que afetava os interesses dos grandes latifundiários. Isso fez com que as tropas da falange, tentassem um golpe, o que iniciou uma guerra civil que dividiu o país, entre as forças governistas fiéis a república (que receberam apoio de voluntários do mundo todo, e da URSS), e as da Falange (que tinham apoio dos países da Itália, Alemanha e Portugal - Países com governos autoritários). A Guerra Civil Espanhola durou de 36 até 39, e foi um campo de testes para táticas e técnicas, que os nazistas usariam na 2ª Guerra Mundial e foi vencida pela falange, liderada pelo General Francisco Franco, que instituiu o Franquismo (que durou até 75, com a morte de Franco). Esse regime teve como características: o estímulo ao culto do líder; o anticomunismo; o patriotismo espanhol; limitou a liberdade de expressão; perseguição aos opositores e etc. Teve como característica, específica o apoio acentuado da Igreja Católica.

Apesar do apoio dos nazistas e fascistas, por dificuldades econômicas, Franco se manteve neutro na 2ª Guerra. E com a derrota dos nazistas, passou por um período de isolamento. Até a década de 50, quando se reaproximou dos EUA, recebendo ajuda financeira, em troca de apoio ao anticomunismo. Após a morte de Franco em 75, o país adotou uma monarquia parlamentarista, com o rei Juan Carlos.

TEXTO DE APOIO PARA UNIDADE 3:

Capitalismo financeiro e socialismo: capítulo 09

Etapas do capitalismo:

  • Capitalismo comercial ou mercantilista (XV ao XVIII) - Forma mais lucrativa de investimento era o comércio. Monopólio comercial e tráfico negreiro permitiram grande acumulação financeira.
  • Capitalismo Industrial (1ª Revolução industrial - XVIII) - Forma mais lucrativa de investimento, eram as indústrias. Marcada pela divisão do trabalho e mecanização da produção.
  • Capitalismo Financeiro ou monopolista (2ª revolução industrial - XIX ao XX) - Forma de investimento de capital, eram os bancos e empresas monopolistas. Marcada pela ampliação da tecnologia, e surgia o uso da propaganda e do incentivo ao consumo.
  • Capitalismo Globalizado (3ª revolução Industrial - dias atuais) - forma de investimento, empresas transnacionais (ou multinacionais), com produção e filiais em vários países. Marcada pelo uso de tecnologia na transmissão de dados e capitais, com aplicações variadas no mercado financeiro (bolsa de valores).

O capitalismo ou sistema capitalista surge no século XVIII com o inicio revolução industrial com a produção em larga escala, no século XIX iniciou-se a 2ª revolução industrial, os lucros da industrialização, foram diversificados com investimentos em bancos, financeiras, mineradoras e petroleiras, formando grandes empresas que colocaram ações nas bolsas, originando o capitalismo financeiro ou monopolista, pois os investimentos eram diversificados além das fábricas (bolsa de valores) e concentrava a maioria do lucro nas mãos de grandes empresas que controlavam a produção, limitando a participação de pequenas empresas nos mercados.

Essa transição entre o industrial e o financeiro, veio da necessidade da burguesia industrial, vencer a concorrência e garantir o controle do mercado, com preços competitivos, maior produção e os lucros melhores. O aumento da produção foi garantido pelo aumento da tecnologia, mas havia a necessidade de ampliar o mercado, que levou ao neocolonismimo. Assim o liberalismo da livre concorrência sem presença do estado, cedeu lugar ao monopólio de mercado.

As Cidades: Essas mudanças afetaram a vida nas cidades, mudando a paisagem urbana, com o aumento do número de fábricas e a aplicação das novas tecnologias na vida das pessoas (energia elétrica, motores a combustão e estruturas de aço), o crescimento das cidades também resultou no surgimento de toda uma nova infraestrutura para garantir a vida em cidades superpopulosas e que atraiam os ricos industriais (saneamento, bondes, saúde habitação, bombeiros, policiamento e etc.).

Participação das mulheres: As mudanças rápidas na estrutura econômica começaram a levar cada vez mais mulheres da classe média e operária ao mercado de trabalho. Com as novas lojas e escritórios, as mulheres conseguiram novas fatias do mercado, se tornando parte da economia em funções, que agora eram dominadas por elas. E com essa maior participação, aos poucos veio à luta também por maior espaço na cidadania.

Práticas do capitalismo financeiro:

Holdings - companhias se tornam proprietárias de outras do mesmo ramo ou de ramos diferentes, adquirindo ações na bolsa e diversificando os investimentos;

Truste - Fusão de indústrias do mesmo ramo, como forma de controlar a produção e o mercado.

Cartéis - empresas do mesmo ramo, que fazem acordos para dividir e controlar um mercado (numa região, cidade ou país), através do controle de preços, forçando a quebra de empresas menores, que não tem condições financeiras de lidar com a concorrência desses cartéis.

Operários:

- Sindicatos ou Trade-Unions (união de trabalho): surgiram no século XIX, pela necessidade de defesa de interesse dos trabalhadores operários. Pra isso organizavam greves e passeatas, que paralisavam fábricas e comprometiam o lucro. Contra a ação dos sindicatos, os patrões aplicavam táticas de Lockout (locaute), quando os patrões fechavam as fábricas impedindo a volta dos trabalhadores (greve patronal).

Doutrinas operárias: Contra as péssimas condições de trabalho, vida e moradia; a exploração do trabalho infantil e feminino; a falta de legislação que os protegesse; e etc., os trabalhadores começaram a mobilização, para além das ações grevistas das trade-unions. A luta por uma sociedade mais justa.

Se os capitalistas burgueses defendiam sua condição de vida, com o discurso liberal, os proletários/operários, desenvolveram a defesa de uma sociedade mais justa.

Socialismo científico: Propunham a criação de uma sociedade mais justa, onde os trabalhadores se uniriam numa revolução operária (sem guerra, com a eleição de representantes operários no governo). Ao chegar ao governo esses representantes dos operários, imporiam a Ditadura do Proletariado, acabando com a propriedade privada dos meios de produção (que normalmente controlado pelos burgueses), e com a exploração do trabalhador. As funções de acordo com sua capacidade e a remuneração de acordo com o seu trabalho, e garantiria as necessidades do trabalhador. Quando a sociedade tivesse uma distribuição igualitária, o Estado não seria mais necessário; passando ao comunismo, a vida em comunidades gerenciadas pela própria população.

Socialismo Utópico: teoria, que defendia que as mudanças necessárias para diminuir a desigualdade, seriam conseguidas com a disposição da própria burguesia, com ações para uma distribuição melhor da renda, e uma preocupação com as questões sociais. Um dos seus representantes foi Robert Owen, que buscou humanizar sua relação dando moradia, assistência social e educação a seus trabalhadores e seus filhos, mas não conseguiu apoio de outros; indo a falência. (Marx dizia que era utopia, pois os interesses dos burgueses eram diferentes dos trabalhadores).

Socialismo Cristão: Proposta vinda da Igreja, que buscava humanizar o capitalismo, preocupada com os abusos cometidos pelos patrões; o excesso de exploração e os maus tratos. Propunha aplicação de valores cristãos à relação dos trabalhadores e patrões, criticando a violência, e pedia uma maior intervenção do Estado, para garantir uma sociedade mais justa.

Anarquismo: Mais radical, propunha o fim imediato do Estado (culpado pelos males da sociedade, ao privilegiar os interesses apenas dos burgueses), e a criação de comunidades menores em que toda produção pertencesse à comunidade, bem como os lucros, que seriam divididos entre os membros da comunidade. 

Primeira Guerra Mundial (1914-1918) - capítulo 10

MOTORES DA GUERRA:

- Rivalidades econômicas e revanchismo:

Disputa pelos mercados durante o neocolonialismo: Alemanha e Itália se sentiam prejudicadas pela divisão das colônias, que eram importantes como criação de mercados consumidores e fornecimento d matérias -primas.

Disputa pela influência econômica e política: Inglaterra e França, se preocupavam com o crescimento rápido da economia alemã, que tornava a Alemanha mais importante no cenário mundial.

- Revanchismo: Antigas disputas e rivalidades históricas -

Perda de territórios: Revanchismo dos Franceses, por terem perdido a região da Alsácia-Lorena, após a guerra franco-germânica em 1870. E também pela tentativa da Alemanha de tomar o Marrocos da França.

Pan germanismo (descendentes germânicos, liderados pela Alemanha) VS Paneslavismo (descendentes eslavos, liderados pela Rússia): disputa entre duas ideologias étnicas que reivindicavam direito a territórios no norte europeu.

- Política de Alianças: Acordos de ajuda mútua, entre países com inimigos ou objetivos em comum. Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália) e Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia), tinham a Alemanha como inimigo comum.

- Corrida Armamentista: Produção em massa de armamentos e tecnologias bélicas, pelas nações; como uma forma de se preparar para um possível conflito.

# Todas os acontecimentos acima, fizeram a sociedade mundial, viver um momento chamado de Paz Armada, quando apesar de não existir um conflito (teoricamente paz)

Estopim do conflito: O Assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro, devido a disputa pelos territórios nos Bálcãs, que levou a declaração de guerra contra a Sérvia, que tinha a Rússia como aliada, enquanto a Alemanha apoiava o Império Austro-Húngaro, e a política de alianças trouxe outros países para o conflito, originando a 1ª G.M. (Império Austro-Húngaro, disputa com a Sérvia o controle da região da Bósnia e Hezergovina). A Alemanha, atacou a França, o que trouxe a Inglaterra também para o conflito.

A Guerra se organiza:

1914 - (1ª FASE - os primeiros movimentos)- Alemanha invade a França, e enfrenta França e Inglaterra no ocidente, no oriente o Império Austro-Húngaro, ataca os russos, com apoio da Alemanha.

Japão apoia a entente, para afastar alemães do mercado asiático.

Turcos-otomanos, apoiam a tríplice aliança e atacam os russos.

1915 - (2ª FASE - TRINCHEIRAS) - Começa a guerra de trincheiras na fronteira da França. A Itália troca de lado e passa a apoiar a entente, com promessa de territórios alemães após a guerra e também por disputas territoriais com o Império Austro-Húngaro. Bulgária, adere passa a apoiar a Tríplice aliança.

1916 - Romênia passa a apoiar a Entente.

1917 - (3ª FASE - RETOMADA DOS MOVIMENTOS) Período de maior movimentação. No início, vantagens para a Aliança: Rússia abandona o conflito, fazendo acordo de Brest-Litovsk (armistício - deposição de armas sem rendição), e Itália é derrotada pelos austro-húngaros. Alemanha se concentra no conflito com Inglaterra França e seus aliados, e começa a levar vantagem.

Reverso, vantagens para a Entente: Alemanha começa a usar submarinos para atacar navios que abasteciam a Entente. EUA, até 1917 se mantém neutros, sendo apenas fornecedores de armamentos e alimentos a entente, apesar da preocupação que vitória alemã, prejudicasse a economia americana (vários acordos comerciais com Inglaterra e França). Por ter navios mercantes (de mercadorias) atacados EUA e Brasil entram na guerra, apoiando a entente.

1918 - Império Turco-otomano e Austro-húngaro se rendem. Exército unificado (Inglaterra, França e EUA), derrotam a Alemanha. Kaiser Guilherme II, assina armistício, assume um governo republicano (República de Vichy).

América Latina: O posicionamento variou na América latina, os países se dividiram no apoio a Entente e Aliança. Brasil um dos poucos neutros, até ser atacado em 1917, passou a fazer operações militares de patrulha, e enviar equipes médicas. Depois da entrada dos EUA, vários países declararam seu apoio a Entente, devido a pressão, em virtude de acordos econômicos e investimentos dos EUA em seus países, e os que apoiavam a Alemanha, porque com a guerra a Alemanha não conseguia mais manter acordos econômicos. (mais vantagem apoiar os EUA)

Tecnologia militar: A guerra levou a criação e aperfeiçoamento de materiais bélicos. A cavalaria forma tradicional, foi substituída por novas armas. Principalmente a partir da 2ª fase da guerra (guerra estática), com as trincheiras (principalmente na França, valas profundas, onde a maioria das mortes, aconteceu por doenças, fome, frio; causados pelas chuvas e lama, muito mais do que pelas lutas), surgiram: metralhadoras, morteiros, gases (laranja, cloro, fósforo), granadas, tanques, canhões de longo alcance e etc.; além do uso de aviões e submarinos.

Acordos do fim da Guerra:

- 14 pontos, a "paz sem vencedores": o presidente americano propôs um acordo sem punições aos perdedores.

-Tratado de Versalhes: Inglaterra e França, insistem na "paz com vencedores", com uma série de punições a Alemanha, como forma de enfraquecer o inimigo (indenização a todos os países prejudicados pela guerra; perda de territórios (colônias na áfrica, independência da polônia, entrega do sarre -região rica em minério e devolução da Alsácia-Lorena a França -perdida na guerra Franco-germânica de 1870); entrega de parte da marinha mercante; limitação das forças militares e proibição de construção de armamentos e etc. Regras com o objetivo de enfraquecer militar e economicamente a Alemanha. E que serviriam de motivação para a revanche na 2ª guerra.

- Liga ou Sociedade das Nações - Grupo de países, que deveriam evitar novos conflitos e fiscalizar o cumprimento das imposições do Tratado de Versalhes. Alemanha e Rússia proibidas de participar, e EUA não aceitou participar, pois não concordava com as punições excessivas.

Sionismo: Movimento surgido entre os judeus (e com apoio da Inglaterra), para auxiliar judeus a retornarem para a Palestina (Canaã histórica), como um direito, devido a expulsão dos judeus desse território, pelos romanos no ano 70 d.C., ação não aceita pelos povos árabes/palestinos, que vivem na região desde 637.(Inglaterra, tinha prometido o apoio a formação de um Estado Árabe na região, em troca de combater os Turcos, mas a partir de 1917, passaram a apoiar o movimento sionista; mudando de lado).

Revolução Russa - capítulo 11

- ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO: Até os fins do século XIX, a Rússia ainda tinha um governo absolutista e uma economia feudal, com os nobres controlando as terras mais férteis, e a Igreja sobre controle do Estado, que se beneficiava da exploração do trabalho dos camponeses. A partir daí o Czar (no dado ao rei), preocupado em modernizar a economia russa, iniciou um processo de industrialização que fez surgir uma nas cidades uma burguesia, e todo um grupo de operários, que passavam pelo o mesmo tipo de exploração sofrida pelos operários de outros países. Essa nova realidade urbana fez surgir grupos políticos com propostas liberais entre a burguesia e com ideias socialistas, entre os operários.

- GRUPOS POLÍTICOS - A partir de 1898 surgiu o primeiro partido operário, que defendia a mobilização contra autoritarismo do governo e por melhores condições de trabalho e vida, com greves e passeatas. Em 1903, o partido se dividiu dando origem aos partidos. MENCHEVIQUE (minoria), que defendia que os operários deveriam apoiar a substituição do absolutismo por uma república burguesa, e que abriria caminho para uma futura Revolução Socialista através do voto, e os BOLCHEVIQUES (maioria), que propunha uma Revolução Socialista imediata (implantando a Ditadura do Proletariado, unindo operários, camponeses e soldados -que vimos no capítulo 9, lembra? J Ih! Olha lá!), com a união de soldados, operários e camponeses, controlando a sociedade), sem ligações com a burguesia, pondo fim ao capitalismo e implantando o socialismo.

- AS REVOLTAS POPULARES E A 1ª GUERRA - Em 1904 a Rússia se envolveu numa guerra com o Japão, pelo controle do mercado asiático, e os custos do conflito, aumentaram os problemas da economia, causando desabastecimento, aumento dos preços e fome. Diante dessa situação a população se mobilizou em sovietes (grupos formado por soldados e trabalhadores), reunidos para organizar passeatas e greves, e em 1905, um desses grupos, buscou levar uma carta ao Czar com pedidos de melhora das condições e reformas políticas, que acabou fuzilado por um grupo de soldados que achou que era um movimento revolucionário (mesmo que estivessem desarmados), esse acontecimento ficou conhecido como Domingo Sangrento. O povo reagiu ao Domingo Sangrento, ampliaram-se as greves, passeatas e revoltas, o que levou o Imperador (Czar) a publicar o Manifesto de Outubro, propondo reformas políticas e econômicas: como a criação de um Parlamento (Duma) e a aceitação de uma monarquia constitucional. A única das propostas a se concretizar foi a Duma (que ficou sobre controle dos nobres). O absolutismo foi retomado e os protestos continuaram. Em 1914, pensando em conseguir vantagens econômicas controlando o acesso do Mar Negro, o governo russo se envolveu na 1ª Guerra. Os custos desse novo conflito pioraram ainda mais os problemas econômicos, da fome, dos preços altos e isso sem falar nas mortes, o povo reagiu com mais passeatas e revoltas, diante da crise o Czar abdicou.

- REVOLUÇÃO DE 1917- Com a abdicação, iniciou-se um intenso ano de 1917. A crise econômica causada pelo custo da guerra (preços altos -inflação e desemprego), a fome e a perda de vidas (3 milhões de mortos), serviram para impulsionar a Revolução de 1917. Primeiro com a Revolução de Fevereiro (Revolução Menchevique), que levou ao poder um governo misto de burgueses e nobres, esse governo não atendeu as principais reivindicações do povo, além de manter o país na guerra. Pressionados perdoaram (anistiaram) os presos políticos durante o governo czarista, libertando vários líderes bolcheviques. Em Abril, um desses líderes lançou as Teses de Abril, com propostas que conseguiram o apoio da população e dos sovietes, para o partido bolchevique, com propostas baseada nos lemas "Paz, Terra e Pão!" e "todo poder aos Sovietes!". Que deu um golpe derrubando o governo menchevique, na Revolução de Outubro, levando ao poder os bolcheviques, que ao subir ao poder cumpriu suas promessas: retirando o país da guerra (assinando o Tratado de Brest-Litovsk); distribuindo terras ao povo - tomadas dos nobres; e resolvendo problemas de abastecimento; também tornou os sovietes base do apoio ao governo.

- Reformas e Guerra Civil: Após assumir o poder, as reformas bolcheviques continuaram, com o governo assumindo o controle da economia: o governo passou a controlar as fábricas (nacionalizando) e bancos e estradas de ferro; confiscou a produção agrícola. Além disso, institui a igualdade salarial para operários e camponeses, e a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Essas mudanças não agradaram à burguesia, aos nobres, que com apoio de países capitalistas (Japão, Inglaterra, EUA e etc., preocupados que a ideia de uma revolução operária se espalhasse e ameaçasse seus governos), se uniram criando um exército contrarrevolucionário chamado de Exército Branco, para tentar derrubar a revolução socialista, enquanto os líderes bolcheviques e a população uniram-se no Exército Vermelho, levando o país a uma Guerra Civil.

- Consolidação Revolução: Após a vitória do Exército Vermelho, era hora de reorganizar a economia. Para isso foi adotada uma Nova Política Econômica (NEP), que combinou ideias socialistas, com práticas capitalistas: Permitindo a criação de fábricas por particulares; permitiu aos camponeses vender o excedente dos produtos agrícolas; liberou instalação de empresas estrangeiras e etc. Essas medidas resultaram na recuperação econômica. Em 1922, foi criada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), uma aliança unindo antigas províncias do império, sobre controle da Rússia.

- Disputas de sucessão e o governo Stalin: Após a morte de Lênin, seus sucessores disputaram o controle, com propostas diferentes para o Socialismo. Trotsky defendia a expansão do socialismo para outros países, ajudando novas revoluções; e Stalin, defendia a consolidação da Revolução na Rússia, para mais tarde expandir. Stalin venceu a disputa, iniciando um longo governo até 1953.

Durante seu governo Stalin, o governo assumiu uma postura mais totalitarista (autoritária) de Partido Único (o do governo). Impôs um controle social, baseado na censura a imprensa, na propaganda exaltando o governo perseguição aos opositores do regime (que era qualquer pessoa que discordasse dele! Ih cadê a democracia L) e no plano econômico, manteve a NEP até 1928, voltando a eliminar a economia de mercado (liberal e com pouca participação do governo), e adotando os planos quinquenais (que conjunto de regras que definia onde seriam investidos os recursos do governo, além de práticas e metas econômicas, impostas pelo governo pelo prazo de 5 anos). A URSS prosseguiu em sua reestruturação econômica, e se tornou uma potência econômica; alcançando destaque após a 2ª Guerra.

# Spoliler: A experiência socialista duraria 74 anos na URSS, e seria uma opção ao sistema capitalista; sendo adotada por vários outros países, mesmo depois do fim da URSS, em 1991. E o surgimento de uma nova aliança, com menos países, e onde a Rússia teria menos controle, a CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Mas isso é história para outro momento :)!

Crise de 1929 - capítulo 12 e fim!

- Antecedentes: Durante a Primeira Guerra, os EUA não foram atacados em seu território, mesmo após o fim da posição de neutralidade (em 41), o que permitiu a ele se tornar fornecedor dos países da Entente. Com o fim da guerra, e a crise na Europa, os EUA assumiram o papel de fornecedor para toda a Europa (mesmo para países da antiga Tríplice Aliança), além disso, assumiu o fornecimento para o mercado asiático e o resto da América (antigos clientes dos europeus). Se tornando também credor (fazendo empréstimos) para os países da Europa, e consumidor da produção de vários países; como o Brasil, se tornando nosso principal consumidor de café. Os EUA passam a ser à base da economia mundial; com exceção da Rússia, isolada devido ao regime socialista.

- A Euforia - Os anos pós-guerra foram marcados pelo rápido desenvolvimento da economia americana, as fábricas e fazendas adotaram a produção em massa, para atender a enorme clientela (o mundo todo). Esse rápido crescimento, fez com que a bolsa de valores se torna um alvo das corporações (com associações pessoas ou de empresas com mesmos objetivos). O capitalismo financeiro, que estudamos, antes decola (Holdings, Trustes e cartéis). Corporações e bancos passam a controlar as empresas através da negociação de ações, e os lucros se tornam milionários. Ao mesmo tempo, o crescimento das empresas e oferta de empregos, aumenta a sensação de riqueza entre a população. Que estimula até a indústria cultural: vida noturna em clubes; consumo de bebidas; compras a crédito de bens e imóveis. Era o American Way of life (o modo de vida americano, baseado no consumo). Mudando até mesmo a sociedade, com maior espaço para as mulheres na sociedade (mais livres), o Jazz, o rádio e o cinema produzem estrelas, que lançam moda; e se tronam veículos importantes para estimular o consumo no mercado interno.

- A Crise - O processo de produção, baseada na produção em massa e a recuperação dos países europeus (que a partir de 1925, voltavam a produzir e assim consumir menos) gerou o problema da Superprodução (quando se produz mais do que se consegue vender; se lembra do café? L). Com a diminuição do consumo externo, em pouco tempo os enormes estoques deram prejuízos, que ocasionaram queda no preço e nas vendas, que levaram a demissões em massa. Em pânico, os investidores tentaram diminuir seus prejuízos vendendo rápido às ações na bolsa. O que só aumentou o desespero, e levou a mais falências. O Auge desse processo foi à quebra de Bolsa (Crash), em outubro de 1929 (outubro outra vez! Mês complicado!), as ações não valiam nem o papel em que foram impressas, com perdas bilionárias. Com o consumo interno, também prejudicado pelo crescimento do desemprego, e pelo endividamento da população. A economia americana viveu sua maior crise, e o resto do mundo junto (lembra... base da economia! Ferrou  :( ).

Os credores americanos(bancos e empresários, que emprestam dinheiro ou fazem investimentos) passaram a cobrar dívidas de empresários, comerciantes e fazendeiros, prejudicando o mercado interno (mais falências), e também dívidas dos trabalhadores; e no mercado externo, quebrando também as empresas e países estrangeiros. Junto com a queda nas vendas, os EUA também passaram a consumir menos produtos de países estrangeiros (e o Brasil entra nessa! :( IH! Ferrou! de novo!). Os cafeicultores brasileiros, que já viviam um ritmo de superprodução, quebraram, e a economia dependente dos impostos do café, também!

- Solução da Crise - A partir de 1933, chega ao poder Franklin Roosevelt, que implanta o NEW DEAL (novo acordo), proposta baseada na ideia de incentivar a economia com geração de empregos e controle da produção. Deixando de lado o modelo liberal da economia (você estudou no iluminismo, o governo não interfere na economia, lembra Lei de Oferta e procura e mercado autorregulável. J falei para prestar atenção no ano passado!) o governo passa a intervir na economia. O governo passou a gerar emprego criando obras públicas (estradas, casas populares, e obras que favoreciam as empresas hidrelétricas, portos e etc.); controlou o número de horas trabalhadas (gerando mais turnos de emprego); controlou o salário mínimo; facilitou empréstimos e diminuiu juros, para estimular os empresários e fazendeiros; limitou a produção; e estimulou a exportação. Assim a economia americana, começou a se recuperar. Até que veio a 2ª guerra, e eles reassumiram seu posto de fornecedor, credor e consumidor mundial! (tudo de novo J). Mas dessa vez seeem superprodução! :)

ESPERO QUE OS RESUMINHOS, AJUDEM! :)

REPÚBLICA 1ª FASE: GOVERNOS MILITARES (1889 - 1894)

Conceito de República da Espada

República da Espada é o nome que se dá ao período inicial da República no Brasil (entre 1889 e 1894). Ganhou este nome, pois o Brasil foi governado por dois militares neste período: Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto; por alguns autores é considerada a 1ª ditadura militar no Brasil. Os marechais Deodoro e Floriano estavam à frente do país sendo responsáveis pelas decisões da nação, já que a monarquia havia sido derrubada, e agora os militares eram quem lideravam politicamente o território brasileiro.

Contexto histórico: Quando em 15 de novembro de 1889 Marechal Deodoro provocou a queda do regime monárquico proclamando a República do Brasil, ele não estava agindo em nome de toda a sociedade, mas sim, de um pequeno grupo de militares e civis que se encontravam insatisfeitos com as atitudes tomadas pelo império. A partir desta revolta eles organizaram um levante que muitos imaginavam ser uma parada militar, mas que no fundo era um golpe que só depois de ser executado pôde ser identificado. Sem ter como resistir, nem mais o que fazer Dom Pedro II se viu obrigado a entregar o poder nas mãos de um golpe de estado que o atacou sem que nem ele, nem ninguém mais esperasse.

Após a Proclamação da República (15/11/1889), as oligarquias brasileiras temiam a volta da monarquia, pois sabiam que esta fase de transição poderia ser um momento de fragilidade política. Portanto, confiaram esta fase inicial do regime republicano ao exército para garantir a instauração da República. Tanto os militares quanto os ricos cafeicultores da região sudeste não desejavam o retorno ao regime monárquico.

Governo Provisório ou de transição - Deodoro da Fonseca (1889 a 1891): Foi estabelecido para garantir a transição da Monarquia para a República, formar um governo de transição e resolver os problemas mais urgentes.

Principais medidas:

- Abolição das instituições da Monarquia, como o voto moderador e os ministérios;

- Anulação da Constituição de 1824;

- Convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.

Encilhamento: O encilhamento foi o nome que ganhou a política econômica do Ministro Rui Barbosa que visava o desenvolvimento do Brasil, principalmente na área industrial. Esta política baseava-se na adoção de medidas protecionistas, liberdade para a emissão de moeda por parte de bancos privados e facilidades de empréstimos para abertura de empresas de capital aberto.

As medidas não deram certo e geraram uma grave crise econômica no país. O que se viu foi o aumento da inflação, falências de empresas e bancos, e o crescimento da especulação financeira. Muitos usavam o dinheiro emprestado pelo governo para fundar empresas fantasmas (que só existiam no papel). Em seguida, mandavam imprimir ações dessas falsas empresas e vendiam na Bolsa de Valores. As pessoas que investiam fortunas particulares ou pegavam empréstimos nos bancos para investir, perdiam seu dinheiro.

O aumento do dinheiro em circulação, sem um crescimento proporcional da produção de mercadorias provocou também uma alta generalizada dos preços; a inflação.

Além da inflação, vimos empresas antigas, que tiveram que concorrer com empresas novas, que desequilibraram o mercado, fazendo uma queda inicial dos preços pela disputa pelo espaço no mercado, não conseguiam manter o lucro necessário, acabavam abrindo falência e desempregando trabalhadores, que paravam de consumir. As empresas novas que haviam pego empréstimos, os particulares que buscaram empréstimos para investir, também não conseguiam se manter, e não pagavam os empréstimos aos bancos, fazendo também com que vários bancos não conseguissem sobreviver à crise. A crise era generalizada.

A Constituição de 1891: A primeira constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, ela apresentou as seguintes características:

- Estabelecimento da República Federativa ou Federalismo (República Federativa dos Estados Unidos do Brasil), composta por vinte estados (nome que receberam as antigas províncias, agora unidades da federação), possuidores de certa autonomia, como: pedir empréstimos ao exterior, ter forças policiais e militares próprias, criar e cobrar impostos; eleger governadores, fazer leis e etc.;

- Regime de governo - Presidencialismo, num República Federativa e presidencialista (República Federativa dos estado unidos do Brasil; nome oficial).

- Divisão da República em três poderes: Executivo (presidente da república; por 4 anos), Legislativo (Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado) e Judiciário (Juízes nomeados pelo presidente da república, reunidos no Supremo Tribunal Federal);

- Manutenção da propriedade particular;

- Liberdade de pensamento e de associação e de expressão;

- O Estado seria Laico, ou seja, o Estado (governo) seria separado da Igreja, com liberdade de culto e com a criação do registro civil (nascimento, casamento e óbito), que agora era responsabilidade do Estado - até essa época, todos eram feitos pela igreja, o que impedia o registro de não católicos;

- Instituiu que há todo estrangeiro residente e com cônjuge brasileiro, seria estendida a cidadania brasileira (salvo em manifestação contrária em até 6 meses), essa medida visava minimizar as brigas entre brasileiros e portugueses, quanto a direitos.

- Criação de sistema eleitoral com as seguintes características: era aberto (não secreto) e não tinham direito ao voto: os menores de 21 anos, mendigos, analfabetos, soldados e membros do clero regular (monges, frades e padres); também não votavam as mulheres (não por limites da lei, mas por não votarem tradicionalmente. Assim passamos de um sistema de voto censitário (de acordo com as posses financeiras), com +/- 2% de votantes na época do Império, para um voto republicano e independente das posses, mas que privilegiava +/- 9% da população, que atendia aos critérios já citados. Vale lembrar que mais de 90% da população era de analfabetos.

*Ficou instituído que o primeiro presidente seria eleito por voto indireto. O que levou a eleição de Deodoro.

Governo Constitucional de Deodoro da Fonseca (1891): Após o fim do período provisório, Deodoro da Fonseca se manteve no poder com apoio dos militares, e alguns políticos que representavam as oligarquias agrárias do país e grupos monarquistas. Porém, foi um período muito conturbado e de grande pressão política. A crise econômica, gerada pelo encilhamento, era grande e os alguns grupos militares deixaram de dar apoio ao governo. Após este fechar o Congresso (após os senadores e deputados, tentarem aprovar leis que limitavam seus poderes), desrespeitando a Constituição, e convocar novas eleições.

Diante disso, os militares da Marinha ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso Deodoro não renunciasse; esse episódio ficou conhecido como a Primeira Revolta da Armada (quando a Marinha organizou moimento vitorioso para derrubar Deodoro). Os trabalhadores da Estrada de Ferro Central do Brasil, também iniciaram greve, contra autoritarismo do governo.

Passando por fortes problemas de saúde e perdendo apoio de grupos políticos em seu governo, não conseguindo se entender com os grevistas, e membros das forças armadas, nem com as oligarquias cafeeiras, Deodoro da Fonseca decidiu renunciar, em 23 de novembro de 1891. Deixando seu vice, Floriano Peixoto, substituindo-o na presidência.

Governo Floriano Peixoto (1891 a 1894): De acordo com a Constituição, se um presidente não completasse dois anos de mandado, ao renunciar, deveriam ser convocadas eleições presidenciais. Porém, o marechal Floriano Peixoto assumiu o poder e não convocou eleições.

Agora, Floriano passava de vice à presidente, embora isso fosse apenas à teoria, pois na documentação legal ele continuaria a ser vice. A Constituição declarava, de forma ambígua, que deveria existir uma nova eleição, mas Floriano descumpriu essa lei e fez valer sua própria vontade. Na presidência ele tomou diversas decisões que merecem ser citadas: Reabriu o Congresso; Estatizou a moeda (proibindo de bancos particulares emitirem moeda; passando a emissão a Casa da Moeda); Deu um estímulo maior a indústria (com investimentos governamentais); Baixou e tabelou o preço de alimentos e aluguéis de imóveis; Repreendeu movimentos monarquistas, que queriam o retorno de Dom Pedro II ao poder.

Tomou também medidas impopulares: Proibiu o Jornal do Brasil (que fazia oposição ao seu governo), o que podemos caracterizar como uma repressão à liberdade de expressão e destituiu os governadores que apoiavam Deodoro, fato que gerou divergências políticas.

Muitas de suas decisões tinham como objetivo conquistar a grande população, o que de certa forma Floriano conseguiu. Ao obter a simpatia dessa parcela do povo, ele iniciou a consolidação da república, porém, logo de cara teve que enfrentar várias batalhas, entre elas:

A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, iniciada em fevereiro de 1893, onde uma guerra civil motivada pela eleição de Julio Castilhos a governador e pela disputa entre os partidos: Republicano Rio-Grandense (apelidados de Pica-paus, de Júlio de Castilhos; apoiados pelo presidente) e o Partido Federalista (os Maragatos de Gaspar Silveira Martins; receberam apoio da Marinha após o início da rebelião), onde os últimos não aceitaram a eleição do rival. Esta Revolução defendia o fim do governo federalista, pela formação de uma confederação (adotando o parlamentarismo), a revolução só veio ter fim quando o governo de Floriano já havia acabado, em 1895, tendo o exército republicano vitorioso, e mantido o presidencialismo.

E meses depois a: Segunda Revolta da Armada (iniciada em Setembro de 1893): quando opositores no exército e na Marinha iniciaram uma campanha exigindo sua renúncia. Floriano reagiu aposentando vários generais. O que fez com que os Militares da Marinha se levantassem contra o seu governo e, dessa vez, chegassem a bombardear o Rio de Janeiro.

Floriano, porém, conseguiu dinheiro junto aos cafeicultores paulistas, comprou navios no exterior e, com o apoio de soldados do exército, venceu a revolta liderada pelo Almirante Custódio de Melo, o que lhe rendeu a alcunha de "Marechal de Ferro". Também recebeu apoio da população, com os batalhões populares; era o movimento chamado de "florianismo". Essa rebelião foi sufocada em 1894.

Porém, a república da Espada não resistiu ao grande poder político dos barões do café de São Paulo e dos pecuaristas de Minas Gerais, que deram início a uma nova fase da história política do Brasil, que ficou intitulada como a República do Café com leite, em decorrência dos inúmeros acordos existentes entre os dois estados.

República Oligárquica: República Oligárquica é o nome dado ao período em que o governo esteve sob controle das oligarquias do campo, representadas pelos cafeicultores que comandavam as oligarquias estaduais (entre 1894-1930). Durante esses primeiros anos da república, as oligarquias estaduais controlaram as eleições políticas da república; nesses primeiros 36 anos de República civil.

Coronelismo e Política dos Governadores: Nesse contexto os coronéis, nome dado aos fazendeiros ricos do interior, começaram a usar o controle que exerciam sobre a população mais pobre no campo (onde estava a maioria da população), para influenciar as eleições. A esse controle deu-se o nome de coronelismo. Os coronéis mais importantes de cada região faziam alianças entre si e elegiam o presidente de estado (ou governadores) e prefeitos.

Usando essa mesma prática (troca de favores), as oligarquias estaduais ajudavam a eleger os deputados e senadores, favoráveis ao presidente da República. Este por sua vez, retribuía o "favor" liberando verbas, benefícios e dando apoio político a elas. A esse esquema de apoio, que foi iniciado pelo presidente Campos Salles (o segundo presidente civil -1898/1902), recebeu o nome de política dos governadores.

  • O Voto do Cabresto: onde o eleitor do campo, era "convencido" a votar no candidato apoiado pelo coronel, em troca de um favor, promessa de emprego, ou mesmo com a imposição pelo medo. Esse controle do voto funcionava, pois na época o voto era aberto (feito na frente do mesário), e nas cidades pequenas todos se conheciam, o que facilitava ao coronel saber em quem os habitantes votaram, garantindo a eleição dos seus escolhidos nos "currais eleitorais". Os coronéis garantiam os eleitores, falsificando os documentos de alfabetização.
  • Comissão Verificadora: Outro instrumento era o uso das comissões verificadoras, formada por integrantes do Congresso, com a função de julgar os resultados das eleições, ou cancelar candidaturas. Assim, o candidato da oposição não ganhava eleições, mesmo que fosse necessário distorcer resultados, ou cancelar sua candidatura.

Essa política de favores garantiu as oligarquias mais poderosas (as cafeeiras), controlarem o cargo mais importante da República, o de presidente. Surgindo a Política do Café com Leite, que dominou os primeiros anos da República.

Política do café com leite: foi um acordo feito entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, onde o presidente representante de um dos dois estados indicava o próximo presidente. Ou seja, se o presidente era paulista, ele indicava e apoiava um mineiro, como seu sucessor, que quando saísse apoiaria um paulista como sucessor, e assim sucessivamente.

Café: Era o principal produto na economia brasileira, responsável por uma média de 80 % do PIB do país, sendo nosso maior produto de exportação. Sua importância, garantia aos cafeicultores à influência e o poder necessários para controlar e influenciar a economia e a política.

Essa influencia pode ser percebida com a imposição do Convênio de Taubaté. Nos anos de 1905, o café passou por um surto de produção, e essa superprodução ameaçava diminuir o preço do café no mercado externo, trazendo prejuízos aos cafeicultores, para evitar isso, os governadores dos Estados de SP, RJ e MG (os principais produtores de café), que fizeram um acordo, para resolver o problema.

  • Convênio de Taubaté (1906): Segundo o acordo, para evitar a desvalorização do café, no mercado internacional, toda vez que a safra ultrapassasse a quantidade suportada pelo mercado, esses estados comprariam o excedente. Para isso, seriam usados empréstimos no exterior, ou os impostos pagos. Com o tempo, os Estados passaram o prejuízo para o governo federal, que também era controlado pelos cafeicultores, assim o país inteiro passou a pagar o custo, para que os cafeicultores não tivessem prejuízo. O plano original previa que, o excedente seria colocado no mercado, quando as safras diminuíssem, evitando a queda do preço, no entanto esse excedente, nunca foi recolocado no mercado, pois os cafeicultores, nunca diminuíam a produção. Esse convênio durou até a década de 20, quando o governo federal, também não pode mais suportar o peso da dívida.

Outros produtos: Além do café, a borracha e o cacau também se destacaram entre os produtos agrícolas exportados pelo Brasil durante a Primeira República.

Movimentos sociais: Os fins do século XIX e início do XX esses movimentos urbanos e no campo, foram muito intensos no país. E a sociedade brasileira passou por várias mudanças.

Movimentos Urbanos: Após a reforma urbana implementada pelo Presidente Rodrigues Alves, que alargou ruas e demoliu os cortiços, a população mais pobre foi obrigada a se mudar para a periferia da cidade; o que causou grande insatisfação. Nesse período, Oswaldo Cruz, colocou em ação um plano de vacinação em massa da população carioca (contra a varíola).

Revolta da Vacina (1904) - Revolta da população carioca, contra a vacinação obrigatória.

Motivos - A população, não sabia o que era a vacina, e a forma agressiva com que foi aplicada, com invasão de residências e pouca informação, sobre os motivos e vantagens. Os cariocas se sentiram moralmente ofendidos (mulheres e moças vacinadas por homens parecia imoral), isso unido à insatisfação causada pela reforma urbana de Pereira Passos, que "expulsou" a população pobre do centro urbano.

Reação - Os cariocas atacaram os enfermeiros e foram às ruas protestar, houve quebra-quebra, lojas saqueadas e etc., sendo violentamente reprimidos pela polícia, chegando a haver deportações dos líderes, para o Acre.

Revolta da Chibata (1910) - Revolta de marinheiros contra os castigos corporais, salários baixos e más condições de trabalho.

Motivo - O Estopim da revolta foi à punição excessiva (exagerada) de 250 chibatadas em um marinheiro (Marcelino Rodrigues), o normal eram 50 chibatadas. Os marinheiros revoltados tomaram o controle dos navios, e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro, fazendo exigências: o fim das punições físicas (chibatas), reajuste dos valores, uma alimentação melhor e anistia aos rebelados.

Reação - O governo aceitou as condições dos rebelados para acabar com o movimento, mas quando os marinheiros recuaram e depuseram armas, o governo puniu os marinheiros com prisão, demissão e deportação para o Acre; principalmente seu líder João Cândido preso num hospício. O único compromisso, mantido pelo governo, foi o fim dos castigos físicos.

Movimento Operário (1917) - O trabalho nas fábricas não era fácil, as condições eram muito duras. Os trabalhadores eram explorados, com jornadas longas (12 a 16 horas), salários muito baixos, castigos físicos e locais insalubres; sem leis que os protegessem.

Motivação - Os imigrantes (principalmente os italianos) trouxeram para o país os movimentos de contestação política (socialismo e anarquismo), e iniciaram a organização da luta pelos direito do trabalhador. Que culminaram numa grande greve em São Paulo (1917), que paralisou as fábricas da cidade. Iniciando movimentos e paralisações pelo país.

Reação e reflexos - Os operários reivindicavam (oito horas de jornada diária, aumento de salário, abolição do trabalho noturno para mulheres e menores de 18, e etc.), normalmente não tinham seus pedidos atendidos, pois as autoridades protegiam os patrões. Alguns líderes chegaram a ser expulsos do país. Em 1920 as leis passaram a ser criadas: Lei de férias (1925) descanso renumerado de 15 dias anuais, e o Código dos Menores (1927), que proibia o trabalho de menores de 14 anos, e jornada limite de 6 horas para os menores de 18 anos.

Movimentos Rurais ou Messiânicos: São movimentos que aconteceram no campo, que iguais aos urbanos, representaram reações da população contra as imposições dos interesses de grupos oligárquicos (coronéis ou donos de fábrica) ou do governo. No campo, eles foram chamados de messiânicos porque, seus líderes eram guias religiosos, espirituais e morais (messias), e essas comunidades se uniam por laços religiosos. Cujos maiores exemplos foram Canudos e Contestado, onde em ambos os camponeses, buscaram uma opção de uma vida sem o controle e exploração dos coronéis ou do governo, em comunidades onde não havia propriedade, nem cobrança de impostos e etc.

Canudos: Foi um movimento liderado por Antônio Conselheiro, que reuniu seguidores entre os camponeses na região do sertão baiano, na Guerra de Canudos (1896-1897). Eram pessoas que se uniram ao beato, na tentativa de ter uma vida melhor, longe do controle dos coronéis. 

Contestado: O movimento da Guerra do Contestado (1912-1916) foi um conflito, que aconteceu na região de divisa, disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina. Onde os sertanejos, procuraram resistir à perda de suas terras, que foram adquiridas "legalmente" para a construção de uma ferrovia que cruzaria a região, e da perda do direito de exploração de madeira na região (para a mesma empresa americana da ferrovia - Brazil Railway Company).

Reação ao dois movimentos - Os coronéis ficaram preocupados com a perda de mão de obra barata e a disseminação das ideias das comunidades beatas, a Igreja que não queria perder seus fiéis e nem ter a "concorrência", de uma religião não comprometida com os poderosos, e o próprio governo que via nas comunidades formadas pelos beatos, núcleos de resistência às regras da própria República. A ameaça aos interesses desses grupos, fez com que ambos se unissem. O governo e os coronéis usaram de violência para eliminar a ameaça. O que levou ambas as comunidades a serem atacadas e destruídas pelo exército.


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