RESUMO 7º ANO
E aí galera do COP! Nessa seção teremos resumos dos capítulos do livro.
Reforma Religiosa: (capítulo 10)
Movimentos de contestação da Igreja católica, entre os séculos XV e XVI.
Principais Críticas:
- Nobres - os impostos religiosos (dízimo e etc..) e a interferência da Igreja nas disputas da nobreza,
- Burgueses - Crítica à teoria do preço justo (que reduzia o lucro) e a proibição do empréstimo a juros.
- Clero - corrupção (venda de cargos na Igreja); desconhecimento dos cléricos da doutrina e da fé; riqueza excessiva da Igreja e seus representantes (padres, bispos e papas)#; venda de indulgências e falsas relíquias religiosas (Simonia), também da água benta. Também defendiam a tradução dos escritos (Bíblia para a língua do povo - para acabar com a história do amém!).
# Além de tudo que citamos acima, também Igreja enriqueceu muito durante a Idade Média, ela era dona de terras e cobrava impostos (obrigações) dos camponeses que trabalhavam nas suas terras; além do dízimo, que era cobrado de toda a sociedade, ricos e pobres. Também era prática, recebendo "doações" de terras ou riquezas.
Primeiros reformistas:
John Huss e John Wycliffe, que condenavam a riqueza da Igreja e a proibição de realizar as missas na língua de seus povos (respectivamente Inglês e tcheco) da região e defendiam a tradução da Bíblia, por isso foram perseguidos; sendo o primeiro preso e o segundo morto.
Movimentos reformistas:
- Luteranismo - Movimento de contestação surgido na Alemanha no século XVI, motivado pela discordância do monge Martinho Lutero com o pedido de doações dos fiéis para a reconstrução da Basílica de São Pedro (em 1517), em troca de perdão de seus pecados, através do documento chamado de indulgência; esse perdão podia se estender até aos já falecidos (as indulgências também eram vendidas por banqueiros, que ficavam com parte do valor). Essa discordância levou a publicação de 95 teses, onde Lutero expunha suas críticas a Igreja. Lutero chegou a ser ameaçado de excomunhão, mesmo assim não recuou rasgando a bula papal, documento que ordenava seu silêncio ameaçando a excomunhão, e o rasgou em praça pública.
Doutrina Luterana:
- Somente Deus Salva.
- a Bíblia é o único caminho a Deus e ao conhecimento da fé, e por isso deveria ser traduzida.
- negava o culto aos santos e a infalibilidade do Papa (a autoridade das ordens).
- defendia a existência de apenas dois sacramentos; o Batismo e a Eucaristia.
- o fim do celibato, podendo os líderes religiosos casar e ter filhos.
As posições de Lutero atraíram: os camponeses insatisfeitos com a exploração da Igreja; os burgueses insatisfeitos com as regras e críticas da Igreja ao comércio; e os nobres interessados em diminuir o poder da igreja e na apropriação das terras da Igreja.
- Calvinismo - Liderado por João Calvino, a ideologia desse movimento diferia de Lutero (a fé salva), pois Calvino acreditava na predestinação divina (ou absoluta), ou seja, que o homem já nascia predestinado ao céu ou a o inferno, não sendo salvo nem pela fé ou ações (como defendia Lutero), nem pelas boas obras, como defendia a Igreja.
Acreditava que a riqueza era a recompensa justa pelo trabalho, mas condenava o desperdício (gasto com festas, jogos, bebida e etc.); teve grande apoio da burguesia dos países em que essa doutrina foi aceita: na França (Huguenotes), Inglaterra (puritanos), Escócia (presbiterianos) e etc.
- Anabatismo - Liderado por Thomas Munzer (XVI), inspirado nas ideias de Lutero, mas que ao contrário dos outros movimentos, o anabatismo fazia críticas não só a religião, mas também aos poderes e privilégios da nobreza. Propunha o batismo de adultos; o fim das classes sociais; direitos iguais para todos, fim dos tributos religiosos e feudais e a caça livre nos feudos. Por suas ideias que afetavam os interesses dos nobres foi proibida na maioria dos reinos e condenada até por Lutero.
- Anglicanismo - Movimento liderado pelo próprio rei da Inglaterra, motivado por interesses pessoais, políticos e econômicos. O estopim da revolta de Henrique VIII foi à negação pelo Papa do seu pedido de anular seu casamento com a primeira esposa, além disso, havia o interesse de por fim a intervenção da Igreja nos assuntos de Estado e acabar com os impostos da Igreja, que promoviam a saída da riqueza de seu país (os impostos iam para Roma).
Em 1534, o rei promulgou o Ato de Supremacia, documento que o tornou o líder da Igreja na Inglaterra e confiscava todas as terras, mosteiros e riquezas da Igreja, que passavam a pertencer à coroa inglesa; esse movimento passou a ser conhecido como anglicanismo. Para conseguir o apoio dos nobres o rei doou a eles terras que pertenciam a Igreja; para conseguir apoio dos burgueses (grupo com o qual queria reforçar a aliança) permitiu a compra de parte das terras tomadas e e propôs uma religião que não condenava a usura e o lucro.
O Anglicanismo, não trouxe quase nenhuma mudança nos ritos católicos, misturando-o com algumas ideias protestantes (só dois sacramentos; permite o casamento de líderes religiosos; valoriza a Bíblia e seu estudo pelos fiéis), mas mantém algumas práticas (o poder do líder máximo - sendo ele no lugar do Papa; mantém os templos luxuosos; e a cobrança do dízimo, que agora vai para o governo).
As religiões acima ficaram conhecidas como protestantes, devido ao protesto de nobres alemães, contra a proibição do Imperador do SacroImpério germânico (a Alemanha), contra o luteranismo. Assim os movimentos que vieram depois e foram inspirados nas ideias de contestação de Lutero e não seguem o catolicismo, passaram a receber essa designação. Ou Evangélicos, por defenderem que as regras e verdades da fé, estão nos escritos sagrados (o evangelho) e não nas regras ditadas pela Igreja e o Papa.
Críticas contra os Protestantes:
As Igrejas reformistas, foram criticadas pois afirmava-se que os seus "fiéis" nobres, burgueses, camponeses e reis, só aderiram as novas Igrejas, pois receberiam vantagens: Nobres (terras da Igreja e o fim da intervenção da Igreja nas questões políticas); burgueses (religiões não condenavam o comércio e o lucro); reis (buscavam diminuir o poder da Igreja e aumentar seu poder político).
Contra Reforma ou Reforma Católica:
Movimento da Igreja Católica de resistência ao protestantismo nos séculos XVI/XVII. Esse movimento reorganizou a Igreja, para recuperar o espaço perdido (ou os fiéis) para as religiões protestantes.
Mudanças e ações propostas pela Igreja:
- Criação das Ordens Jesuítas - Em 1534, o monge Inácio Loyola criou a Companhia de Jesus, ordem militar e religiosa, para catequizar os não cristãos, principalmente os nativos dos territórios recém-descobertos ou conquistados e também das regiões do distante oriente.
- Reativação da Inquisição - A Igreja, reativou o tribunal religioso (criado no século XIII), que julgava, condenava e punia as heresias (opiniões ou ações contrárias aos dogmas católicos - regras da Igreja, como exemplo: as novas teorias científicas, as críticas a Igreja, e as novas formas de cristianismo); os "crimes contra a fé católica!".
# A Inquisição, também foi usada pelos reis, para combater inimigos políticos e para conseguir riquezas tiradas de judeus e muçulmanos, e usadas para cobrir despesas do reino.
- Concílio de Trento: Uma assembleia de Bispos, convocada pelo Papa entre 1545 e 1563, que reafirmou os princípios da fé católica e as regras e dogmas da Igreja católica e empreendeu algumas mudanças. As determinações mais importantes foram:
- A reafirmação de que a salvação dos homens dependia das boas obras.
- a infalibilidade do Papa (obediência ao Papa) e o monopólio do clero na interpretação da Bíblia;
- a defesa do culto aos santos e da importância dos sete (7) sacramentos (extrema unção, penitência, casamento, ordenação, casamento, além da eucaristia e do batismo).
- proibiu a venda de indulgências (agora dadas gratuitamente, seguindo as regras da idade media); e proibiu a venda de relíquias.
- manteve a obrigação do celibato.
- criou o catecismo e os seminários, o primeiro para instrução de fiéis nas regras da fé e o segundo para instrução dos cléricos.
- criou o INDEX, a lista de livros que NÃO podiam ser lidos pelos católicos.
- o monopólio dos padres no conhecimento da fé, mantendo o Latim nos sermões e escritos bíblicos (Bíblia).
A convivência entre Católicos e protestantes, não foi pacífica. Mesmo após a Igreja, aceitar algumas críticas aos seus procedimentos (venda de relíquias, indulgências e falta de formação dos padres e bispos), a Igreja unida aos reis, tentou acabar com as outras "versões" do cristianismo e outras religiões como Islamismo e judaísmo, consideradas heresias (ações contra a fé). Assim foram promovidos vários ataques e guerras religiosas. E uma das maiores armas foi a Santa Inquisição, que teve um importante papel nas colônias.
Renascimento: (capítulo 8 e 9)
Contexto: A partir do século XI, com as novas técnicas de plantio e o consequente ressurgimento do comércio, surgiu também uma nova classe social, os burgueses (artesãos e comerciantes), que enriqueceu cada vez mais, e que contribuiu também para o fortalecimento e recentralização do poder nos reis, ajudando na formação dos Estados centralizados (ou Nacionais, os países), pelo interesse de ambos de enfraquecer a nobreza; levando ao fim do período feudal (feudalismo), entre os séculos XII e XIV (lembra a crise do século XIV e o efeito das cruzadas na decadência da nobreza - gastos, perda de riqueza e mão de obra em suas terras).
Todas essas mudanças e o maior contato com outras culturas, com a retomada do comércio com o oriente (principal reflexo das cruzadas), inspiraram um movimento cultural chamado renascimento (que surgiu no século XIV), liderado pela burguesia, que buscava um papel maior na sociedade e combater os limites culturais impostos pela Igreja, que acabavam atrapalhando o desenvolvimento do comércio.
ORIGEM: O movimento surge e se espalha das cidades italianas, pelo mundo. Isso acontece, por três motivos, primeiro, os italianos são descendentes do Império Romano e assim herdeiros naturais dessa cultura Greco-romana, e em segundo a proximidade geográfica com Constantinopla (sede do império romano do oriente), fez com que quando Constantinopla caiu nas mãos dos turcos, muitos abandonassem a cidade de volta para Itália, e assim trazendo essa cultura de volta, e por último, a posição privilegiada das cidades italianas, contribuiu para que controlassem o comércio com o oriente; se tornando a "porta" entre o oriente e o ocidente.
O Renascimento era um movimento liderado pela burguesia, que crescia como grupo social e que usou essa nova forma de ver o mundo, como forma de justificar suas necessidades e interesse de ascensão social, conseguindo mais poder político e social dentro da sociedade; pois já tinha o econômico. E assim romper o controle da Igreja sobre a sociedade e defender seus interesses, conseguindo mais poder político; que continuava sobre controle da nobreza, através do rei e dos benefícios dado a eles. Afinal a sociedade dependia mais da riqueza burguesa, do que do nome das famílias nobres. O Renascimento foi então uma importante forma de contestação da sociedade.
Os renascentistas (filósofos, cientistas, artistas e escritores) chamaram seu movimento de renascimento, como uma forma de criticar a cultura medieval, chamada de "Era das Trevas", por considerarem que naquela época nada foi criado, que a cultura teria "morrido". Os renascentistas procuravam a inspiração na cultura da antiguidade (ou Greco-romana), como base do renascimento cultural.
O pensamento Humanista: Ele foi à base do renascimento. Foi um movimento que defendia a valorização do ser humano, e de uma cultura centrada na valorização da sua capacidade humana de entender o mundo, criticando a posição da Igreja, como controladora da cultura, que via o homem apenas como receptor de cultura e não criador; papel reservado a Deus.
Características do Renascimento:
- Antropocentrismo: o oposto do pensamento da Igreja (o teocentrismo), onde Deus é o centro de tudo, e a religião a resposta para tudo. Os renascentistas defendiam que o homem como o centro, podendo criar e descobrir respostas para tudo - "o homem como a medida de todas as coisas!".
- Racionalismo - A razão é tão importante quanto à fé (para a Igreja a fé é mais importante que a razão), através do pensamento racional, o homem poderia encontrar todas as respostas.
- Individualismo - Valorização da característica individual de cada ser humano (talento ou criatividade); nas artes valorizou-se a representação de características particulares dos personagens representados, se popularizando os retratos e obras assinadas por artistas.
- Hedonismo - valorização da beleza, como fonte de alegria e prazer, não mais um pecado como diziam os religiosos.
- Nova visão do tempo: o tempo pertence ao homem e deve ser usado em seu benefício, até mesmo para sua riqueza (como empréstimos, que era condenado pela Igreja, pois o tempo pertence a Deus, e cobrar por ele era pecado). Surgem os relógios, e o tempo da natureza (sol e lua) é abandonado, substituído pelo tempo calculado e dividido. "tempo é dinheiro!"
Itália o Berço do renascimento: A riqueza das cidades italianas, fornecida pelo intenso comércio, se refletiu nas artes e no estímulo ao renascimento. O papel mais importante no estímulo do renascimento foi o dos Mecenas, que eram burgueses que financiaram o trabalho dos renascentistas (filósofos, artistas e etc.). Usando as obras dos artistas, como forma de demonstrar seu poder financeiro (sua riqueza); alcançando importância social e política, em suas cidades; muitas vezes como forma de controlar suas cidades (lembre que a Itália da época, não tinha governo centralizado, estando dividida em cidades-Estados, independentes entre si, com governo e leis próprias, que disputavam o controle do comércio na região). Além da riqueza, as cidades italianas se tornaram o centro do renascimento, devido a sua proximidade geográfica com o oriente, que lhes permitiu se tornarem não só o foco do comércio, como esse mesmo comércio permitiu intensa troca (intercâmbio) cultural, além disso, muitos dos descendentes do Antigo Império Romano do Oriente, saíram de Constantinopla (antiga sede do império), quando esta foi dominada pelos Turcos e retornaram para Itália, de onde tinham saído seus ancestrais séculos antes; trazendo de volta parte do pensamento filosófico e artístico dos antigos romanos e gregos, sem tanta influência da Igreja.
Difusão do Renascimento: Foi fundamental para que as ideias dos renascentistas se espalhassem pelo mundo, a criação da Imprensa. Com a criação da máquina de prensa de tipos móveis (ou tipografia) por Johannes Gutenberg, foi possível produzir livros de forma mais rápida e barata, e em maior quantidade. Permitindo assim que mais pessoas pudessem ter acesso à cultura. Apesar desse acesso muitas vezes ainda estar restrito aos nobres e burgueses, agora era possível adquirir mais livros, do que na época anterior, onde os livros eram caríssimos, por ser produzidos a mão pelos monges copistas. O que também fazia da reprodução dos livros muito lenta, e em pequena quantidade.
Influência do Renascimento:
- Artes: passam a ser valorizados, o realismo (representação real de objetos e pessoas, com o uso da sombra, movimento e perspectiva - representação das 3 dimensões: altura, largura e profundidade). Destaques: Rafael Sanzio, Donatello Buonatori, Leonardo da Vinci, Michelangelo (as tartarugas ninja kk) e etc.
- Literatura - Personagens com características humanas (fúria, cobiça, paixão e etc.), deixando de lado a perfeição dos personagens do medievo. Destaques: Dante Alighieri (divina comédia), Francisco Petrarca, Luís de Camões (poeta português, os Lusíadas), Miguel Cervantes (Dom Quixote), William Shakespeare, e etc.
- Ciência - também inspirada na filosofia e no pensamento racional, passa a buscar explicação para as coisas do mundo e do corpo humano. Atraindo também a ira da Igreja, pois alguns desses questionamentos confrontam e colocam em dúvidas teorias religiosas.
- Medicina: Andrea Vessalius (pai da Anatomia moderna), que ignora as limitações religiosas, e passou a "violar" cadáveres para entender mais sobre o corpo humano, o que possibilitou cura de várias doenças.
- Astronomia - Galileu Galilei (pai da Física moderna), que seguindo os passos de Nicolau Copérnico, comprovou que a teoria do Heliocentrismo (os planetas giram em torno do sol), indo contra o geocentrismo defendido pela Igreja (TUDO gira em torno da terra; local da criação máxima de Deus, o homem); foi perseguido acusado de heresia (contestar a fé e a doutrina/regras da igreja) pela inquisição, e obrigado a negar publicamente sua teoria; para escapar da condenação à morte.
- Matemática - os cálculos de geometria levaram a criação de uma arquitetura e obras artísticas mais simétricas.
- Arquitetura - Abandono das construções românicas e góticas, adotando linhas retas, horizontais, e mais iluminados, em construções menores (mais próximas da proporção humana), as igrejas e palácios, recuperaram elementos clássicos, como o arco semicircular, o formato triangular nas fachadas (frontões) e as abóbadas (semicírculos nos tetos internos e telhados).
- Ensino - Surgiram universidades mais voltadas para os conhecimentos práticos e úteis a burguesia, diminuindo o controle da Igreja sobre o conhecimento, com a criação das universidades burguesas. Muitas se originando de grupos de estudos, onde estudantes, interessados em conhecimento contratavam professores.